Por Jefferson Rodrigues
O
século XX e início deste século podem, sem dúvidas, serem considerados a “era
dos extremos”, conforme vaticinou o historiador inglês Eric Hobsbawn em sua
obra “Era dos extremos: O breve século XX”(1995). Este extremismo torna-se mais
evidente quando o fato envolve crenças religiosas, sejam aquelas teístas (onde se
acredita em um Deus) ou mesmo aquelas ateístas (que negam a existência de um
deus e fazem disto uma religião).
Quanto
a este último grupo, vimos neste “breve século XX”, arregimentarem cada vez
mais “fiéis” para a sua não fé. A grande problemática neste caso se dá pelo
fato de buscarem firmar sua não crença, desacreditando a fé de bilhões de
pessoas ao redor do mundo, mesmo que para isto tenham que pintar um quadro
sombrio a respeito do ícone da fé cristã, ou seja, de Jesus Cristo.
Entre
tantas acusações que fizeram contra os cristãos e suas bases de fé, destacamos
uma que ainda é redundante entre grupos que não conhecem, de fato, os ensinos
de Jesus. Tais pessoas afirmam que Jesus ensinou seus discípulos a serem
machistas e tratarem as mulheres como inferiores. Mas será isto o que os
Evangelhos nos mostram? Veremos de forma sucinta que esta afirmação não resiste
a mais simples análise dos Evangelhos bíblicos.
Em primeiro lugar destacamos
que as mulheres tiveram um papel proeminente no ministério de Jesus, pois desde
seu nascimento o enfoque recai sobre uma mulher, Maria, que foi escolhida para
cuidar e instruir aquele que seria o salvador do mundo (Lucas 1.28). Deste
ponto em diante, vemos a criança Jesus crescer e tornar-se o Mestre Jesus e diferentemente
do que poderia se esperar de um homem judeu, nascido em uma cultura patriarcal,
ele concede as mulheres que o seguiam um lugar de destaque.
Podemos
ver mulheres sendo exaltadas enquanto o restante da sociedade as tratava com
desdém, vejamos o caso de uma prostituta chamada Maria Madalena. Segundo
o Evangelho de João, esta uma mulher foi levada a presença de Jesus para ser
julgada. O motivo era que “os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher
apanhada em adultério” (João 8.3), segundo a Lei religiosa da sociedade judaica
ela deveria ser morta por apedrejamento (Deuteronômio 17:5). Contudo para a
surpresa de todos, Jesus não a condenou, como esperava os acusadores, antes a
perdoou e deu outra chance para aquela mulher. O texto
de João relata justamente como aquela sociedade exaltava a figura masculina,
pois mesmo os acusadores sendo conhecedores da Lei religiosa, levaram apenas a
mulher para ser julgada, quando na verdade, deveria ser ambos. Neste sentido,
entendemos no discurso proferido por Jesus, a idéia de igualdade e valorização
social da mulher naquela sociedade, pois, segundo o texto, esta decisão de não
julgar aquela mulher foi tomada em meio ao publico, que em parte era composto
por homens desejosos de sangue.
Outro fator
fundamental é a constante alusão a nomes de mulheres relatados nos Evangelhos,
este fato também demonstra que tanto Jesus, como seus seguidores que escreveram
as suas palavras, valorizavam o trabalho desenvolvido pelas mulheres em seu
ministério. Vejamos um texto que nos fala claramente que homens (discípulos)
precisavam do apoio das mulheres para desenvolver suas funções, inclusive
colocando-se em condição inferior diante daquela sociedade ao receberem doações
delas, assim diz o texto: “[...] e também o seguiam algumas
mulheres [...] Maria, chamada Madelena, da qual saíram sete demônios; Joana,
mulher de Cusa, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam
com suas fazendas” (Lucas 8:2-3).

Diante do exposto,
afirmamos que os escritores dos Evangelhos poderiam ter anulado estas
referencias ao papel feminino (já que eram machistas, conforme acusam alguns), porém
não o fizeram, antes destacaram o valor da mulher! Não estamos aqui, negando o
caráter masculino que o cristianismo adquiriu, principalmente na Idade Média,
mas destacamos que foi muito menos pela mensagem inicial do Evangelho do que
pelo predomínio masculino posterior. Assim, ao olharmos para a mensagem inicial
de Cristo, podemos afirmar sem sombras de dúvidas: “JESUS NÃO ERA MACHISTA”!
Em Cristo,
Jefferson Rodrigues
nossa!!! mensagem simples mais o suficiente para demonstrar a verdade e como é lindo o agir de Deus trabalhado nos mínimos detalhes....
ResponderExcluirAline que prazer tê-la em nosso espaço! Fique a vontade para participar conosco! Que o Senhor lhe abençoe!
ExcluirEm Cristo, Jefferson Rodrigues
Pois bem...Deus não é machista. A desigualdade, a opressão, o sofrimento, entrou no mundo a partir do pecado de Adão. Mas, ainda assim; autoridade espiritual não é autoritarismo e submissão ao marido que lhe ama, como Jesus amou a Igreja, algo sem esforço algum...Jesus não era/é machista. E os cristão também não deveriam ser, mas, infelizmente, são; e muito. Oprimem seres de segunda categoria. Distorcendo a Verdade, para se respaldar. Parabéns pelo estudo.
ResponderExcluirPois bem...Deus não é machista. A desigualdade, a opressão, o sofrimento entrou no mundo a partir do pecado de Adão. Mas, ainda assim: autoridade espiritual não é autoritarismo e submissão, ao marido que lhe ama como Jesus amou a Igreja, é algo sem esforço algum...Jesus não era/é machista. E os cristão também não deveriam ser, mas, infelizmente, são: e muito. Oprimem as mulheres com se estas fossem seres de segunda categoria (porque são ajudadoras...mas, ajudador é o que fica com o fardo mais leve, não o menos competente...). Distorcem a Verdade, para se respaldar em suas sandices. Parabéns pelo estudo.
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