Por Jefferson Rodrigues
Nos
dias de hoje esta indagação apresentada no título deste artigo parece ser a premissa para muitos cristãos que estão imersos
no mundo teológico. Poderíamos afirmar que a máxima secular da ciência empirista
encheu os corações destes cristãos. Se não pode me provar sua fundamentação teológica,
então a sua proposição não é valida! Ledo engano de quem pensa assim!
Porém
esta afirmação não é nada nova. Nos dias de Jesus e dos apóstolos já existiam
muitos “teólogos” que colocavam os seus sistemas teológicos e suas preposições
acima da revelação especial e sobrenatural que o SENHOR poderia trazer a seu
povo. Este foi o caso do famoso relato do ex-paralítico que jazia há 38 anos
enfermo no tanque de Betesda (Jo 5.1-16) e também do relato de Atos 3, em que
um paralitico também fora curado na Porta Formosa do Templo (At 3.7-10)
Pergunto
a você: qual era o sistema teológico que aqueles homens que estavam sofrendo
defendiam? Talvez eles preferissem as interpretações do rabino Hilel ou Shamai?
Talvez eles simpatizassem mais com os fariseus, ou quem sabe com o ceticismo
dos saduceus. Na verdade, será que eles estavam mesmo interessados nestas
questões, se na prática estavam padecendo há tanto tempo; sendo humilhados e
esperando um “milagre” através de um pseudo movimento das águas ou uma simples
esmola dos devotos do templo? Tenho certeza que estes homens estavam mais interessados
em ter suas feridas curadas e suas dores sanadas!
E
foi isso que o paralitico experimentou ao se encontrar com Jesus (Jo 5.1-16)!
Ele foi curado! Jesus quebrou os paradigmas místicos dos que estavam ao redor
do Tanque de Betesda e também quebrou as correntes enferrujadas da religião
judaica ao curar no sábado. Jesus não buscou razões lógicas, ele apenas curou!
Ele apenas exerceu o seu poder sobrenatural e trouxe vida a um homem que
padecia de grande aflição!
Da
mesma forma aconteceu com Pedro e João, que impulsionados pelo mesmo poder que
opera em Cristo ordenou que ao paralítico “levante-se e ande”, deixando todos
os que o conheciam sem entender nada do que se passava. Apenas sabiam que Deus
havia visitado aquele homem e também seu povo (Atos 3.9,10)
Todos
poderiam ter glorificado a Deus pelos grandes livramentos ocorridos nos dois
relatos bíblicos. Porém, vemos que alguns não estavam preocupados com os
sentimentos daqueles homens que outrora foram doentes e rejeitados. Antes os “teólogos
das salas geladas” do templo não os ajudaram (Jo 5.7, Atos 3.2)) e agora,
depois de curados e testemunhando do poder Deus, estes mesmo teólogos exigem
explicações sistemáticas de como eles foram curados (Jo 5.10; At 4.1-7). Era
como se eles dissessem: “Como pode Deus SE ATREVER a contrariar nosso
entendimento teológico do sábado ou sobre os dons de curar?!”(Jo 5.10; At 4.1-7)
Sim,
foi isso que eles fizeram, tanto em Betesda como no caso da Porta formosa! Eles
rejeitaram o milagre, o intervir de Deus simplesmente por capricho religioso-teológico!
Infelizmente temos visto muitos casos semelhantes em nossos dias. Vemos muitos “teólogos
de salas geladas” que nunca sentiram a dor dos oprimidos por uma enfermidade;
ou ainda, estes mesmo “teólogos” nunca experimentaram as experiências atuais do
poder do Espírito Santo (At 4.8) e mesmo assim continuam dizendo: Com que
autoridade vocês testemunham esse tipo de milagre? Isso não se encaixa em meu
sistema teológico!”
Ora,
faça-me um favor! Desde quando Deus precisa de alguma autorização teológica para
fazer um milagre e intervir de modo sobrenatural na vida daqueles que desejam
um milagre, que sofrem na espera de uma palavra de conforto ou consolação (1 Co
14.3). Saiba que o Espírito Santo (que é Deus!) não está limitado as decisões
que tomamos em nossas salas geladas sobre o que é racional ou foge a razão. Ele
opera em nós e por nós simplesmente para mostrar que Ele é Deus. É por este
motivo que não encontramos uma linha sequer nas Escrituras que apontem para a
cessação dos dons espirituais. Eles continuam ativos e continuarão ativos até
que “O que é Perfeito” (Jesus) retorne para buscar a sua Igreja (1 Co13.8; Ef
4.11-13)
Talvez
você se pergunte: “Com que poder ou em nome de quem fizeste isso” (At 4.7 b)?
Responderemos da seguinte forma: fizemos em nome de Jesus a quem servimos e que
permanece vivo e ativo no meio da Igreja e com o poder do Santo Espirito que
concede dons ao seu povo! Entenda: se o seu sistema teológico não crer na
atuação dos dons de poder hoje, esse problema não é de Deus, mas sim seu. O
SENHOR não mudou e continua ativo no meio de seu povo (Hb 13.8). Não seja mais
um “teólogo de salas geladas”, contemple o que Deus está fazendo no meio do
povo simples e viva as experiências sobrenaturais hoje!
Em
Cristo, Jefferson Rodrigues.