quinta-feira, 31 de março de 2011

Está preparado para o fim?



Quando são mencionados os sinais da volta de Jesus, algumas pessoas respondem mais ou menos assim: “Terremotos, fome e violência sempre existiram.” É verdade, muitas dessas mazelas sempre existiram, desde que Adão e Eva foram expulsos do paraíso após desobedecerem a Deus. Ao que tudo indica, terremotos são efeitos secundários do dilúvio, que causou a fragmentação da crosta terrestre em grandes placas mais ou menos instáveis. O que muitos não estão se dando conta é da intensidade e ocorrência simultânea de todos os sinais numa mesma época. É como as dores do parto que vão se tornando mais intensas e sentidas a intervalos cada vez menores à medida que vai chegando o momento de dar à luz. Jesus breve voltará para dar fim à história de pecado e para enxugar dos olhos toda a lágrima (Ap 21:4).

A Revista do Ancião (CPB) de abril-junho de 2011 traz um esboço de sermão interessante preparado por Frank Breaden, da Austrália. O título é “Dez Grandes Sinais da Volta de Jesus”. Confira a lista:

1. O sinal dos “escarnecedores” (2Pe 3:3, 4). Pedro anunciou que as condições prevalecentes nos “últimos dias” seriam de descrença a respeito dos sinais da vinda de Cristo. Sem dúvida, isso é verdade hoje. Cada escarnecedor moderno é um sinal que fala e se move. O cristão pode dizer ao escarnecedor: “Amigo, Pedro fez uma predição a seu respeito. Você é um dos últimos sinais que estou vendo!”

2. O sinal da “guerra” (Mt 24:6, 7). O século 20 testemunhou as duas maiores guerras da história (1914-1918; 1939-1945). No total, mais de 70 milhões de pessoas morreram, ficaram feridas ou desapareceram). O século 20 foi o mais sangrento já registrado. [E as guerras continuam...]

3. O sinal da “fome” (Mt 24:7). Os últimos cem anos testemunharam quatro das maiores fomes de toda a história (Rússia 1921, 1933; China 1928-1930; Bangladesh 1943-1944. Estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas morreram). [Leia mais aqui.]

4. O sinal da “pestilência” (Mt 24:7). O século passado testemunhou também uma das maiores pestilências de toda a sua história (“Gripe Espanhola” de 1918. Estima-se 21 milhões de vítimas). [Isso sem contar o iminente risco da superbactéria.]

5. O sinal dos “terremotos” (Mt 24:7). O último século ainda testemunhou dois dos maiores terremotos da história (China, 1920, 180 mil mortos; Japão, 1923. Total de feridos 1,5 milhão, dos quais 200 mil morreram). O terremoto no Japão foi descrito na ocasião como a “maior catástrofe desde o dilúvio”. [Faltou mencionar os terríveis terremotos do Haiti, no ano passado, e o quarto maior terremoto da história, ocorrido neste mês, no Japão, com intensidade máxima de 9 graus na escala Richter.]

6. O sinal dos “tempos difíceis” (2Tm 3:1-3). A despeito dos equipamentos mais engenhosos e caros para combater o crime, a violência, assassinato, roubo e estupro, estes estão aumentando em proporções alarmantes. Os governos podem restringir, mas não eliminar esses problemas.

7. O sinal do “temor” (Lc 21:25-26). Desde o advento da bomba nuclear, nosso sonho de paz e segurança se transformou em terrível pesadelo, quando o grande conhecimento que os seres humanos adquiriram deveria lhes garantir segurança. [O terrorismo crescente também gera medo.]

8. Sinal dos “Dias de Noé” (Mt 24:37-39). Nos dias de Noé, o avanço e grande conhecimento da civilização foram ofuscados pela violência desenfreada e pela escandalosa imoralidade. O mesmo ocorre hoje. [Mundo torto.]

9. O sinal do “evangelho” (Mt 24:14). Durante os últimos anos, por meio da página impressa, da internet, rádio e televisão, a pregação do evangelho em escala mundial se tornou uma possibilidade real. Um único homem pode atingir uma audiência de dezenas e mesmo centenas de milhões de pessoas! A Bíblia está traduzida em mais de 1.300 línguas e é distribuída a uma média de 100 milhões de cópias por ano.

10. O sinal “estas coisas” (Lc 21:28-32). Quando confrontadas com a impressiva relação de sinais, algumas pessoas argumentam: “Mas crimes, guerras, terremotos e pestilências sempre ocorreram. Não há nada de anormal nisso; portanto, como tratá-las como sinais? Além do mais, pessoas sinceras no passado esperaram a volta do Senhor em seus dias e foram desapontadas. Elas interpretaram mal os sinais. Não poderíamos estar cometendo o mesmo equívoco?” Aqueles que levantam essa objeção deixam de considerar uma diferença muitíssimo significativa entre a nossa geração e as gerações passadas: hoje, pela primeira vez, desde que Jesus ascendeu ao Céu, todos os principais sinais preditos para o tempo do fim estão sincronizados! Um ou mais desses sinais podem ter ocorrido nas gerações passadas, mas nunca todos eles ocorreram simultaneamente, como vemos hoje!

Conclusão

1. Jesus nunca nos pediu que crêssemos na proximidade de Sua vinda com base apenas em um sinal. Um floco de neve não provoca uma avalanche. Mas quando todos os sinais rapidamente se multiplicam, dando assim seu testemunho acumulado, se transformam em uma avalanche de irresistível poder. Portanto, inequivocamente esses sinais da vinda de Cristo não deixam margem para que pessoas inteligentes deixem de reconhecê-los. São tão claros como se Deus estivesse falando por intermédio dos trovões ou se estivesse escrevendo em letras gigantescas no céu!

2. Por que você imagina que Deus nos deu a oportunidade de ouvir essas maravilhosas boas-novas? Para que pudéssemos “discernir os sinais dos tempos” e estar prontos para receber Jesus com avidez e alegria.

3. Lucas 21:28: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça; porque a vossa redenção está próxima.”


O post foi uma dica do irmão Samuel Maia

sábado, 19 de março de 2011

Por que NÃO odiamos Maria, mãe de Jesus.



Texto base: Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

Tinha algum tempo que eu não tocava num assunto como este, tratado em nosso título. Não o fazia por algumas razões que sempre achei muito pertinentes, como por exemplo, preferir falar da graça de Deus ao invés de me meter em polêmicas tolas, conforme cita Paulo (Tt 3.9). Contudo, me vi mais uma vez, obrigado à tratar deste assunto. Isto ocorreu logo após ser abordado, durante uma aula que ministrava sobre Religião, com a seguinte pergunta: Por que os “crentes” odeiam tanto Maria? Após esta pergunta, a aluna seguiu com diversas exposições de como nós os crentes em Jesus “desprezamos e odiamos” a mãe (biógica) de Jesus. Confesso que me senti incomodado, não por concordar com ela em relação ao pseudo desprezo que nutrimos por Maria, mas sim, por saber que alguns irmãos realmente não compreendem o importante papel de nossa irmã Maria nos planos divinos para a humanidade. Por conta disso, acabam condenando Maria, ao invés de condenar as práticas que foram realizadas com o seu nome ( mariolátria). Com base nisto, apontaremos alguns pontos que podem contribuir para a compreensão do papel de Maria na vida de Jesus.

Maria bíblica X Nossa Senhora

1- Maria bíblica:

Para um leitor atento das Sagradas Escrituras, esta diferença é bem nítida. A Bíblia de Estudo Aplicação pessoal apresenta Maria como uma “[...] jovem, pobre e mulher, todas as caracteristicas que fariam com que ela parecesse inapta, aos olhos das pessoas da época”(Cpad, 2008, p.1341). Foi uma pessoa simples como ela que o Senhor Deus escolheu para que fosse cumprida a promessa feita sobre o nascimento do Messias, onde o Senhor disse: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Maria foi esta virgem, que em nenhum momento questionou os desígnios do Senhor para sua vida e prontamente de pôs a disposição do Reino de Deus (Lc 1.38). Agora me digam, como podemos odiar uma serva que não hesitou em ser repudiada, odiada, abandonada pelo seu noivo, em ser tratada como uma adultera, tudo isto, Maria se dispos a enfrentar por amor a Deus e por compreender que ela seria mais um instrumento para que o Reino de Deus fosse proclamado na terra (Lc 1.47,54).

A Maria bíblica em nenhum momento requisitou honra ou glória para a sua vida, infelizmente muitos eruditos utilizam erradamente o texto apresentado em Lc 1.48, onde diz “Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,” Eles alegam que este versículo é a base para que Maria possa ser exaltada, no entanto, esquecem-se que ela prórpia diz que é baixa diante da grandeza do Altíssimo, em outras versões diz que atentou a humildade, ou seja, em nenhum momento Maria se põe como superior, mas sim como uma SERVA, HUMILDE, e conclui nos versículos seguintes dizendo que se as nações a chamarão de bem aventura é em razão da miséricordia do Senhor sobre ela e Israel em trazer a terra SEU SALVADOR (Lc 1.47-55).Teriamos nós motivos para odiar uma serva humilde e fiel aos prósitos de Deus? Sem dúvidas não!

Podemos ainda destacar seu maior mandamento na Biblia deixado em João 2.5 “Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” Essa era a função de Maria, esta é a nossa função, fazer a vontade de Jesus, pois como sua mãe sabia, e nós também devemos saber, só o Senhor Jesus tem todo o poder para nos socorrer, nos salvar, nos redmir, para ser nosso mediador ( Jo 14.6; Mt 1.21; 1Jo 2.1; Mt 11.28; 1 Tm 2.5). E por todos estes motivos Maria esteve com o Senhor Jesus durante o seu nascimento, sua vida, sua crucifição(Jo 19.25) e possivelmente em sua ascenção aos céus (At 1.14), pois ela sabia que Ele além de seu filho biológico era também seu Salvador (Lc.1.47). A esta Maria temos profunda admiração, desejamos encontra-la nas Bodas do Cordeiro e juntamente com todos os irmãos gozar a eternidade ao lado de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

2- “Nossa Senhora”:

Você deve estar se perguntando: mas que diferença tem entre Maria e o título Nossa Senhora? Bem a diferença principal está baseada nas implicações que este título de “Nossa Senhora” trouxe a imagem de Maria e a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo que deixaram Jesus e passaram a substitui-lo pela mãe, chamada de mãe de Deus. Antes porém de continuar nesta linha de raciocínio, gostaria de apresentar alguns pontos históricos que levaram a exaltação de Maria a uma posição, que pelo que vimos, nem ela mesmo desejava.

2.1. Culto a divindades femininas:

Ao analisarmos as sociedades pagãs da antiguidade como mesopotâmicos, egipcios, chineses, indianos, gregos e romanos, sempre encontraremos a figura de uma deusa, a deusa mãe. Para os egípcios a figura da deusa mãe era representada por Isis que deu a luz ao deus Sol. Na mesopotâmia havia a figura de Astarte, a deusa mais cultuada por estes povos. Para os gregos eram diversas as divindades femininas como Afrodite, Atenas, Hera e outras, mas explicavam a origem do mundo através do mito da deusa Gaia. Na própria bíblia vemos o povo de Deus ceder ao culto a estas divindades, que aprenderam enquanto estavam vivendo no Egito e fugiam dos ataques dos Exercitos da babilônia, como fica claro na passagem a seguir:

Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum.(Jr 44.17)

Toda esta cultura de adoração à divindades femininas estavam enraizadas na mentalidade dos povos que aceitavam a religião cristão Católica a partir do século IV depois de Cristo, e para suprir esta necessidade, nada mais óbvio do que criar uma deusa personificada como mãe do Deus Cristão, seria então o cenário perfeito para se iniciar o culto à Maria e surgir as diversas “Nossas Senhoras”.

2.2. Surge Nossa Senhora e mãe de Deus

Com base neste contexto histórico apresentado e a partir do ano de 313 d.C., quando o culto cristão passou a ser tolerado pelo império romano e após 325 d.C. onde foi realizado o famoso Concílio de Nicéia onde se firmou as decisões contra a seita Arianista - que afirmava que Jesus era um ser criado e não possui nenhum atributo incomunícavel de Deus - vimos a crescente interferência do Estado romano nos assuntos da Igreja, em especial, pela ação direta do imperador romano Constantino, que segundo relatos históricos, só aceitou ser batizado em seu leito de morte (337 d.C), portanto, passou sua vida inteira sem obedecer os ensinos cristãos e mesmo assim opinava livremente nas decisões da Igreja.

No meio de tamanha incerteza, se passou a aceitar a interferência do Estado romano e transformar costumes pagãos em cultos cristãos. Segundo o historiador cristãos Earle Cairns “ a veneração a Maria, mãe de Jesus, desenvolveu-se rapidamente por volta 590 d.C[...] e a série de milagres atribuidos a Maria nos evangelhos apócrifos forjaram uma grande reverencia por ela”( Cairns, 2008, p.138). A partir de então foram acrescentando títulos a Maria na seguinte ordem:

HERESIAS EM RELAÇÃO À MARIA

EVENTO

DATA (d.C.) E/OU LOCAL

Veneração dos anjos e santos mortos. Uso de imagens.

375 d.C.

Exaltação de Maria – surge o termo “Mãe de Deus”

431, no Concílio de Éfeso

Orações dirigidas a Maria, aos santos mortos e aos anjos

600 d.C.

Ave-Maria (parte da última métade foi acrescentada 50 anos depois e aprovada pelo papa Sixto V, no século 16

1508 d.C.

Imaculada conceição de Maria: proclamada pelo papa Pio IX

1854

Assunção da Virgem Maria (ascensão corporal, um pouco depois de sua morte): proclamada pelo papa Pio XII

1950

Maria: proclamada mãe da Igreja pelo papa Paul VI

1965

Fonte: Adaptado, Biblia Apologética de estudo, Icp, 2010.

Diante do exposto meus amados, não resta dúvida que a “Nossa Senhora”, não tem nada haver com a verdadeira mãe de Jesus, uma mulher simples e fiel a Deus e que jamais veria seu nome ser colocado em local de destaque em relação a seu filho Jesus. Toda esta pompa concedida a ela não passou de adaptação romana aos costumes pagãos e que por diversos motivos pareceu mais fácil manter uma mentira do que apresentar o erro cometido no passado.

Mas odiamos a Maria? Sem dúvidas não! Odiamos as diversas manifestações de “nossas senhoras”? Também diria que não. A resposta mais adequada seria que repudiamos a forma como uma serva fiel e abençoada como Maria, foi colocada como uma especie de idolo pagão – mesmo que este fato não seja assumido pela Igreja Católica. Repudiamos te-la como co – Redentora da humanida, pois ela mesmo sabia que só havia um Salvador e seu nome era Jesus (Lc 1.47). Portanto meus amados, saibam que Maria foi bem aventurada por conceber o Salvador e que nem mesmo isto lhe garantiu lugar especial entre os demais servos de Deus, pois o proprio Jesus afirmou “Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.”(Mt 11.11). Concluo dizendo que sou fiel ao mandamento mariano quando nos disse a fazer tudo aquilo que Jesus nos falar (Jo 2.5) e que desejo verdadeiramente encontra-la junto com todos os irmão que morreram em Cristo no grande dia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.9), ao lado do nosso Rei e Redentor Jesus Cristo.


Autor: Jefferson Rodrigues

sexta-feira, 11 de março de 2011

Lâmpada Consagrada - Igreja Universal IURD . Até que ponto vai a falta de carater deste pessoal?




Jesus anunciou: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores."(Mt 7.15). Este parece ser um tipico exemplo de lobo devorador. Porém, vejo uma coisa, as pessoas acabam validando este tipo de ação, pois preferem seguir pelo caminho largo, preferem comprar um "milagre enlatado" do que buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça(Mt 6.33). Cabe a nós, alertar o povo de Deus para o que foi dito pelo Senhor, que no mundo teriamos aflições e dificuldades, contudo poderiamos vencer estas barreiras com a sua graça(Jo 16.33).

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segunda-feira, 7 de março de 2011

E se eu pecar?



Texto base: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor [advogado] junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (I Jo 2.1, NVI)

Esta semana, durante o serviço de rotina, no turno da tarde, me deparei com um caso que me fez refletir sobre até onde pode ir o sentimento de culpa em uma pessoa, em especial, em nós cristãos. O caso foi o seguinte:

Por volta das 16:00h seguiamos por uma importante avenida da zona Sul de Teresina, o trânsito muito intenso, quando ao longe minha equipe e eu contemplamos um aglomerado de pessoas, já nos questionavamos sobre o que seria, talvez um assalto, uma briga, ou o mais provável, um acidente de trânsito. Não era nada disso. Sentada no meio fio, sendo consolada por um homem com um uniforme de uma empresa, de cor azul, estava uma jovem que não tinha mais que 20 anos, branca, de cabelos negros, com o aspecto frágil, pele pálida e aparentando uma forte opressão. Aquela jovem que poderia estar vivendo o auge de sua vida, que poderia ser um exemplo de felicidade, de vigor, acabara de tentar o suicidio!

Foi uma cena chocante e ao mesmo tempo reflexiva. Sabe aquele homem que a consolava quando chegamos? Era um servo de Deus que passava pelo local e agora orava por ela, mostrava que ela tinha valor para Deus, e nada do que ela tinha feito importava mais para o Senhor, dizia que alguém a amava mais que qualquer pessoa na Terra, este alguém era Jesus. Neste momento, uma manifestação demoniaca aconteceu, a jovem começou a salivar, a se contorcer ao chão, meus companheiros de trabalho ficaram assustados – estavam acostumados com outros tipos de situações. Mesmo com esta cena posta, um pequeno círculo de oração se fez naquele lugar - já não parecia uma ocorrência policial, mas sim espiritual! Foram momentos de orações e através da misericórdia do Senhor aquela jovem retornou as suas faculdades naturais, estava liberta daquela opressão demoniaca. Algo surpreendente aconteceu, pois, sentada ali mesmo, no meio fio de uma grande avenida, aquela jovem abraçou o irmão e chorou. Diante de um grupo de curiosos confessou a Jesus como Senhor de sua vida, e já não parecia tão frágil.

Logo seu irmão chegou, alguém havia informado à seus familiares. Não me contive, queria esclarecer a dúvida que me pertubava. De início perguntei se a garota tinha crises depressivas constantes. Prontamente me veio um sim. Logo emplaquei outra pergunta, que na realidade era o que eu queria saber. Perguntei se era probelma com namorado e o jovem respondeu positivamente. Não tive dúvidas em constatar, que aquele caso tratava-se de mais um em que jovens não sabem lidar com o namoro ou com o pecado ocasionado com o namoro, quando este namoro não está na vontade do Senhor. É ai que o inimigo se aproveita da fragilidade humana e mostra que nada vale apena, e diz que o melhor seria morrer. ( I Pd 5.8)

Eu não sei o que houve com aquela garota, sei porém, que o amor do Senhor lhe foi apresentado e que a misericordia de Deus à alcançou, pois se assim não fosse, ela teria conseguido atingir seu objetivo inicial, morrer. Ficou uma indagação em meu coração: como nossos irmãos, em especial jovens, lidam com a queda ou com a possível falha na caminhada cristã? Aquela jovem talvez não conhecesse a Jesus (confesso que não sei), mas os nossos irmãos, como suportam isso sem ceder as investidas do inimigo?

Não pretendo de forma alguma apontar uma formula mágica contendo a receita exata de como lidar com esta situação. Nem quero expor aqui um debate exegético sobre o tema. Quero porém levantar este questionamento, esta possibilidade. Pois o que é posto em nossas igrejas é a infalibilidade do cristão. O viver em santidade deve ser a regra do cristão, porém como agir se houver a excessão de falhar?

Meus amados quisera eu viver num estado pleno de santidade! Infelizmente todos os dias estamos sujeitos as tentações da carne, as investidas do inimigo de nossas almas (Jo 10.10) e podemos sim, num momento, em que estivermos desatentos, falhar. O importante porém é saber que, ainda que não sejamos perfeitos, o Senhor nos ama e está disposto a nos perdoar. Ele mesmo nos ensinou a perdoar infinitamente(Mt 18. 21,22). No entanto, é necessário reconhecer nosso erro e mudar de atitude, buscar forças no Senhor, afinal, é Ele que nos concede o livramento (I Cor 10.13), é Ele que nos fortalece quando estamos fracos (II Cor 12.10) e é dEle que vem o nosso socorro ( Sl 121.1). A misericórdia do Senhor é tão imensa que Ele enviou um servo dEle, em meio a uma avenida, em pleno horário de trabalho, para livrar aquela garota. O Senhor tem um cuidado especial. Deus não usou aquele irmão para condenar a jovem, mas usou para levar uma mensagem de libertação para aquela pessoa que tanto precisava. Assim o Senhor faz conosco, mostra o seu infinito Amor (Jo 3.16) e nos perdoa e ainda nos garante a salvação! (Jo 8.11).

Com isso, não estamos concordando com o pecado, pois sabemos que o Senhor é Santo (I Pedro 1.16) e devemos buscar esta santidade. Mas concordamos com João ao dizer que escrevia tais coisas para que os servos do Senhor não pecassem (I Jo 2.1), porém, se por uma infelicidade, por uma falha, por uma fraqueza, eles vacilassem, não deveriam suicidarem-se, nem fisicamente, nem espiritualmente como muitos fazem abandonando de vez o convívio com o Senhor. Antes porém, deveriam lembrar que tinham um advogado, alguém pronto a interceder por eles, era Jesus Cristo, o Justo. Lembre-se fomos comprados por um alto preço ( I Cor 7.23) e o nosso resgate foi pago com preço de sangue ( I Pd 1.18), portanto, somos especiais para Deus e a semelhança do filho pródigo (Lc 15.11) que foi beijado e abraçado pelo Pai quando retornou para casa, assim somos nós quando percebemos qual é melhor lugar para estar e este lugar sempre será na casa do Pai!



Autor: Jefferson Rodrigues