terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Último dia de aula.




Texto base: Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.”(Malaquias 4.2)
É engraçado como todo fim de ano é a mesma coisa. Tanta correria, faz prova, corrige prova, entrega nota, faz recuperação, corrige recuperação e ainda temos que transferir todas estas notas para várias fichas. Meu amigo é um trabalho sem fim para nós professores! Mas o que me motivou escrever este texto foi a reação de alguns alunos com a entrega final de notas.
Ao chegar em sala de aula com a ficha de notas percebo de longe a expectativa de todos em ver seus resultados, mesmo que durante todo o ano letivo foi informado o critério de avaliação. A cada nota aprovativa é um explosão de alegria, de satisfação, sentimento de alívio e dever cumprido. Contudo, aqueles que passaram o ano inteiro cientes do deveriam fazer e não fizeram, ficam tristes, decepcionados e muitos ainda se dirigem para o professor buscando mais uma chance para ver se conseguem aprovação. Infelizmente só resta ao professor dizer que durante todo o ano foi dada inúmeras oportunidades de aprovação, diversas vezes ele foi informado sobre sua situação e que deveriam dar mais atenção a matéria, contudo, mesmo assim você não levou a sério os avisos, nem se esforçou o bastante, portanto, agora é tarde e não podemos fazer mais nada! Ano que vem você terá outra chance!
Mas o que isto tudo tem a ver com o texto base? É simples, assim como tais alunos que brincam e não assumem compromisso com as matérias escolares e ainda acham que no final do ano irão ser aprovados, assim também ocorre com muitas pessoas em sua caminhada cristã. Jesus afirmou que “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”(Mateus 7.21), deixando claro que muitas pessoas que estão na Igreja (sala de aula), mas não fazem a vontade do Pai (suas atividades de nota) não entrarão no reino dos céus (aprovação final). Parece brincadeira, mas não é! Hoje, Jesus não deseja que ninguém fique “reprovado”(João 6.39), pois seu objetivo não é condenar o mundo, mas salva-lo (João 3.16), mas a semelhança daqueles alunos que não atentaram aos avisos, muitas pessoas preferem viver longe de Jesus, ou ainda fingem estar em “sala de aula”(Igreja), porém não fazem a vontade do Grande Mestre Jesus. Deixo a estes o aviso: o “final do ano” está próximo (Malaquias 4) e neste momento você não poderá pedir misericórdia e nem terá o ano que vem para tentar de novo (Hebreus 9.27), mas terá que ouvir do Mestre a dura expressão: “[...] Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!”(Mateus 7.23)
Fica a dica, estude mais, se dedique mais e esteja sempre atento a voz do Mestre, para que ao final da jornada cristã possamos dizer assim como disse Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” (2 Timóteo 4.7,8)
Buscando sempre a aprovação em Cristo,
Jefferson Rodrigues

10 FALSOS MOTIVOS PARA NÃO CELEBRAR O NATAL

                                                         Por Ciro Sanches Zibordi

Engana-se quem pensa que os inimigos do Natal são apenas os cristofóbicos da Nigéria, do Sudão, do Egito, do Iraque, do Paquistão e do Irã ou os líderes autoritários de países de maioria muçulmana — como Islom Karimov, presidente do Uzbequistão, que, no ano passado, proibiu a celebração do Natal de Cristo em nome do Estado laico.
Com a aproximação do dia 25 de dezembro, vemos em pregações e mensagens pela Internet líderes, pregadores e crentes em geral atacando a aludida celebração, como se ela fosse pagã e idolátrica. Mal começa dezembro, e alguns cristãos inimigos do Natal — que ironia! — já estão espalhando nas redes sociais textos e vídeos pelos quais satanizam o Natal, como se este trouxesse muitos males à cristandade. Neste artigo (talvez o último sobre o assunto, neste ano) refutarei pacientemente, item por item, o texto preferido dos evangélicos que se opõem ao Natal: “10 motivos para não celebrar o Natal”.
1. “A Bíblia não manda celebrar o nascimento de Cristo”.

Fiquei pensando: “O que os inimigos do Natal queriam, que Deus ordenasse: ‘Celebrai com júbilo o Natal de Cristo, todos os moradores da terra’?” Ora, nem tudo, nas Escrituras, é tratado por meio de mandamentos. A Bíblia é, também, um Livro de princípios, doutrinas, tipos, símbolos, parábolas, metáforas, profecias, provérbios, exemplos, etc. E um grande exemplo foi dado pelos anjos de Deus, que celebraram o Natal de Cristo, dizendo: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14).
Se há cristãos fanáticos, a ponto de se apegarem à questiúncula de que não existe um mandamento específico para se celebrar o Natal, que parem também de comemorar o Dia do Pastor, o Dia da Bíblia, o Dia da Escola Dominical, o Dia de Missões, a Festa das Nações, o Ano de Gideão, o Ano de Davi, o Ano da Colheita, o Feriado da Visão, o Ano Apostólico, a Semana Profética, etc. Ah, e também parem de receber presentes de aniversário, pois não há nenhum mandamento bíblico para celebrarmos o nosso aniversário!
2. “Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Essa data foi designada por Roma numa aliança pagã no século IV. A primeira intenção era cristianizar o paganismo e paganizar o cristianismo; de acordo com o calendário judaico, Jesus nasceu em setembro ou outubro”. 
Façamos uma conjectura: digamos que, um dia, ocorra um grande avivamento no Brasil, e todos os poderes se convertam ao Evangelho. Conversões em massa acontecem. O Brasil se torna um país 100% evangélico! O governo, então, considerando que 12 de outubro é um feriado religioso, estabelece que essa data será o Dia de Louvor a Jesus Cristo! O leitor se revoltaria contra essa data, sob a alegação de que ela fora outrora consagrada à Senhora Aparecida?
Estudos minuciosos revelam que Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Mas essa data é histórica e foi escolhida pela Igreja Católica Romana (casada com o Estado, à época), a fim de induzir os pagãos — que adoravam o sol — a celebrarem o nascimento de Cristo. Em outras palavras, a intenção do imperador romano foi boa! Considerando que já havia uma grande comemoração pagã no mesmo dia, ele induziu a todos a se lembrarem do dia natalício de Cristo na data que eles estavam acostumados a adorar um deus falso!
3. “A igreja do Senhor está vivendo a época profética da festa dos tabernáculos, que significa a preparação do caminho do Senhor; e, se você prepara o caminho para Ele nascer, não o prepara para Ele voltar”.
Será que eu entendi de modo correto? Pessoas se arvoram contra o Natal porque não existe um mandamento específico sobre essa celebração, mas, ao mesmo tempo, apegam-se a uma simbologia “forçada”, com base na festa dos tabernáculos, para se oporem ao Natal de Cristo? Ora, uma das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus é a encarnação do Verbo, isto é, o seu glorioso nascimento (Jo 1.14; 1 Tm 3.16). Aliás, a obra da redenção está em um tripé: nascimento do Senhor, sua morte e sua ressurreição (Gl 4.4; 1 Co 15.1-4). Ignorar o Natal de Cristo é deixar de valorizar uma parte de sua obra salvífica.
4. “O natal é uma festa que centraliza a visão no palpável e esquece do que é espiritual. Para Jesus o mais importante é o Reino de Deus, que não é comida nem bebida, mas justiça e paz no espírito”.
O Natal de Cristo, em si, não é uma festa de comida e bebida. São as pessoas do mundo sem Deus que só priorizam isso, em detrimento de real sentido da celebração em apreço. Quanto ao cristão que se preza, deve ser diferente das pessoas do mundo, a despeito de estar no mundo. Ele não se conforma com o modus vivendi das pessoas do mundo sem Deus (Rm 12.1,2), nem abraça o modo cada vez mais sincrético e consumista de se celebrar o Natal (cf. 1 Co 10.23-32).
Entretanto, a despeito de o Reino de Cristo ser preponderantemente espiritual, somos pessoas normais, que precisam comer, beber, dormir, trabalhar, participar de eventos festivos, etc. Segue-se que se alegrar com a família, no fim de dezembro, com um grande almoço ou jantar, glorificando a Cristo por seu Natal e sua obra vicária, como um todo, é lícito e conveniente ao cristão equilibrado.
5. “O natal se tornou um culto comercial que visa render muito dinheiro. Tirar dos pobres e engordar os ricos. É uma festa de ilusão em que muitos se desesperam porque não podem comprar um presentinho para os filhos”.
A afirmação acima é reducionista, visto que não pondera que o Natal de Cristo subsiste sem o aludido “culto comercial”. A Páscoa, por exemplo, não deixa de ser legítima em razão de ser aproveitada pelo mundo capitalista para explorar o consumismo. Se há uma celebração de Natal que prioriza o comércio, existe, também, uma celebração que prioriza Cristo! Segue-se que o motivo alegado para não celebrar o Natal de Cristo é, além de reducionista, generalizante e preconceituoso.
6. “O natal está baseado em culto a falsos deuses nascidos na Babilônia. Então, se recebemos o natal pela Igreja Católica Romana, e esta, por sua vez, a recebeu do paganismo, de onde a receberam os pagãos? Qual a origem verdadeira? O natal é a principal tradição do sistema corrupto, denunciado inteiramente nas profecias e instruções bíblicas sobre o nome de Babilônia. Seu início e origem surgiram na antiga Babilônia de Ninrode. Na verdade, suas raízes datam de épocas imediatamente posteriores ao dilúvio”.
Para início de conversa, o argumento acima despreza o fato de o Natal de Cristo preceder e transcender o paganismo que se infiltrou na Igreja Católica Romana. O nascimento do Senhor Jesus foi celebrado até pelos anjos, que exclamaram: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lc 2.14). E mais: os magos do Oriente adoraram o Menino, ofertando-lhe dádivas, em uma casa — e não na manjedoura —, cerca de dois anos após o seu nascimento, conforme análise cuidadosa de Mateus 2. Ou seja, o Natal de Cristo não é invenção dos pagãos, e sim uma celebração genuinamente cristã.
Segue-se que nos lembrarmos do nascimento de Cristo, descrito na Bíblia, e glorificarmos a Deus por nos ter dado o seu Filho Unigênito é lícito e conveniente. Isso nada tem a ver com Roma, Babilônia, etc. Ademais, o fato de o Natal de Cristo ser celebrado também pela Igreja Católica Romana não o torna idolátrico ou pagão. Caso contrário, a missa, com a sua hóstia, tornaria a Ceia do Senhor igualmente idolátrica, não é mesmo?
7. “O natal não glorifica a Jesus, pois quem o inventou foi a Igreja Católica Romana, que celebra o natal diante dos ídolos (estátuas). Jesus é contra a idolatria e não recebe adoração dividida”.
Esse argumento também é reducionista, posto que ignora o fato de a idolatria ser uma condição do coração. Ela não é um pecado praticado de modo subjetivo. Celebrar o Natal de Cristo não implica idolatria. Esta, à luz do Novo Testamento, é uma ação objetiva, e não subjetiva. A idolatria é praticada de modo consciente. Nesse caso, dizer que o crente que celebra o Natal é idólatra não reflete julgamento segundo a reta justiça (Jo 7.24).
8. “Os adereços (enfeites) de natal são verdadeiros altares de deuses da mitologia antiga (que são demônios)”.
Muita coisa que há no mundo tem ligação com o paganismo e a idolatria: comidas, festas, nomes de cidades, costumes, etc. O cristão não precisa ser paranoico quanto a isso. A ele basta ser fiel ao seu Deus, não tomando parte ativa e conscientemente do culto aos deuses. Lembro o leitor, mais uma vez, de que a idolatria é praticada de modo objetivo, e não subjetivo. Opor-se ao Natal por causa dos enfeites cuja origem está ligada ao paganismo e praticar outras coisas de origem pagã é o mesmo que coar mosquitos engolir camelos (Mt 23).
O cristianismo verdadeiro não é fanatizante, como as religiões e seitas pseudocristãs e extremistas, que proíbem doação de sangue, ingestão de determinados tipos de alimento, participação em festas, casamento no templo, trabalho em determinado dia da semana, etc. Somos livres em Cristo (1 Co 10.23-32). Reprovar e até proibir a celebração do Natal de Cristo por causa de Papai Noel, duendes, gnomos, decorações natalinas e outras coisas mundanas é característica de um pseudocristianismo desequilibrado (cf. Ec 7.16,17).
Se quisermos abraçar o legalismo, não podemos falhar em nenhum ponto da lei. Então, pergunto: O crente que se opõe ao Natal de Cristo por causa dos elementos pagãos e consumistas, mencionados neste artigo, também deixa de consumir bolo de aniversário, em razão de sua origem pagã? O que ele pensa sobre o vestido de noiva, o terno e a gravata, as construções que ele visita e as ruas da cidade por onde ele anda? Quase nada, neste mundo, tem origem cristã...
9. “O natal de Jesus não tem mais nenhum sentido profético, pois todas as profecias que apontavam para sua primeira vinda à terra já se cumpriram. Agora nossa atenção de se voltar para sua Segunda vinda”.
Nesse caso, a Bíblia é apenas um tratado de escatologia, que se ocupa exclusivamente de assuntos relativos ao futuro? Ora, as Escrituras apresentam muitas doutrinas escatológicas, porém elas também contêm teologia, cristologia, pneumatologia, antropologia, hamartiologia, soteriologia, eclesiologia e angelologia. Sabemos que o Natal de Cristo está ligado diretamente à cristologia e à soteriologia. Entretanto, como todas as doutrinas bíblicas são intercambiáveis, em Apocalipse 12 há uma menção ao Menino Jesus! Será que o inimigos do Natal sabem disso?
10. “A festa de natal traz em seu bojo um clima de angústia e tristeza, o que muitos dizem ser saudades de Jesus, mas na verdade é um espírito de opressão que está camuflado, escondido atrás da tradição romana que se infiltrou na igreja evangélica, e que precisamos expulsar em nome de Jesus”.
Desde a minha infância aprendi a celebrar o Natal de Cristo. Lembro-me com muita alegria das peças, poesias e cantatas natalinas, além das maravilhosas mensagens de Natal, ministradas por homens de Deus. A lembrança da encarnação do Senhor propicia alegria na alma, e não tristeza! Prova disso é que vários hinos da Harpa Cristã, hinário oficial das Assembleias de Deus, nos estimulam a celebrar o Natal de Cristo. Vejamos especialmente os hinos 21, 120, 366, 481 e 489.
Apresento, pois, algumas sugestões (ou conselhos) aos cristãos inimigos do Natal de Cristo. Não se deixem influenciar pelo espírito do Anticristo (1 Jo 4.3). Observem que o Diabo deseja, a todo custo, fazer com que o nome de Jesus desapareça da face da terra. E uma de suas estratégias é apresentar “outro evangelho”, fanatizante, farisaico, legalista, que procura desviar os salvos da verdade, carregando-os de ordenanças, como: “não toques, não proves, não manuseies” (Cl 2.20-22). Em vez de apresentarem inúmeras razões para não celebrarmos o Natal de Cristo, falem da gloriosa encarnação do Verbo (1 Tm 3.16; Jo 1.14; Gl 4.4,5), da sua morte vicária (2 Co 5.17-21) e da sua maravilhosa ressurreição (1 Co 15.17-20)!
Celebremos sem medo o Natal de Cristo! Happy Christmas!

Autor: Ciro Sanches Zibordi- direto do blog cirozibordi.blogspot.com

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

496 ANOS DE REFORMA! SERÁ QUE PRECISAMOS DE OUTRA REFORMA?

Por Jefferson Rodrigues
    Em 31 de outubro de 1517, na Alemanha, um monge da ordem agostiniana de nome Martinho Lutero, iniciaria, um movimento que mudaria de vez a história da cristandade ocidental, a Reforma Protestante. Como pilar básico deste movimento estava o retorno às Escrituras e a simplicidade do Evangelho de Cristo.
     O tempo passou e hoje comemoramos 496 anos desta luz que raiou sobre as trevas medievais. Contudo, no contexto em que foi desenvolvido o movimento evangélico brasileiro, poucos cristãos, especialmente os ditos "gospels, possuem algum conhecimento do movimento que deu origem ao cristianismo protestante atual. Neste sentido, não só perdemos a memória de nossa história, como enveredamos por vários caminhos que distorceram a Verdade genuína de Cristo.Veja esta triste campanha criada pela IURD(Igreja Universal).
Lutero e Calvino teriam preferido a morte a ver isto ser chamado de igreja

       Com base nisto, procurarei apresentar de forma sucinta os 5 pilares sobre o qual se desenvolveu a fé Evangélica Protestante (principalmente o Calvinismo), da qual me considero herdeiro e propagador na atualidade(espero que vocês também!).
Os 5 pilares ficaram conhecidos como SOLAS, expressão de origem latina, que significa somente, só, ou unicamente. As “5 solas”, são: SOLA ESCRIPTURA, SOLA CHRISTUS, SOLA GRATIA, SOLA FIDE, SOLI DEO GLORIA. Veremos então, de forma resumida, o que cada uma destas “solas” representou para  a formação do pensamento Bibliocêntrico dos protestantes.
SOLA ESCRIPTURA: Este ponto ressalta a Palavra de Deus como ÚNICA fonte de autoridade para o Cristão (João 14.13;17.17; 2 Timóteo 3.16). Este posicionamento retira de cena a autoridade de qualquer dogma, tradição ou determinação humana que não seja centrada na Bíblia Sagrada. Portanto, nada que um “super ungido” dos tempos atuais disser valerá apena ouvir se contradisser os ensinos bíblicos, assim como foi com o Vaticano em 1517 na era da Reforma!
SOLA CHRISTUS: Somente Cristo (João 1.43-45; 14.6; Atos 3.18; 17.2-3; II Tim. 3.14-15; I Ped. 1.10-12; Rom. 1.1-3; 16.25-27)!Este deve ser o centro da mensagem cristão. Sem mediadores ou medianeira, sem falsos Evangelhos onde o homem é o centro. Somente Cristo! Sem rodeios ou enfeites. A mensagem da Cruz é o centro!
SOLA GRATIA: Aponta para a infinita misericórdia de Deus, onde somente a sua Infinita Graça nos constrange e nos aproxima de Deus (Ef 2.8,9). Somos salvos, unicamente pela Graça! Não precisamos de sacrifícios, ou de indulgencias modernas, oferecendo grandes ofertas para herdamos as bênçãos de Deus. Somente a graça de Deus nos é necessária, por isso disse o Senhor: “ a minha Graça de basta!(2 Coríntios 12.9)”
SOLA FIDE: Este artigo destaca a fé como único mecanismo de salvação do homem. A Declaração de Cambridge assim define: “Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.( Salmos 84:12, Isaías 64:6, II Crônicas 20:20, Mateus 7:22-23, Lucas 5:20, Lucas 18:10-14, Lucas 23:40-43, João 3:16, João 3:18, João 6:28-29, João 5:24, João 6:40, João 6:47, Atos 10:43, Atos 16:31, Apocalipse 14:12-13)
SOLI DEO GLORIA: Tudo deve ser feito para a Glória de Deus (Jeremias 24.7; Lucas 2.14; Atos 12.23; Romanos 4.20;11.36)! O culto, o trabalho, e toda obra deve ser centrada para agradar a Deus e não aos homens. Assim nos diz a Palavra de Deus: Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”(Romanos 11.36). Assim deve ser nossa obra, TUDO DEVE SER PARA ELE. De nada adianta ter em nossos templos, todos os recursos, se contudo, não centrarmos para o Louvor e engrandecimento do Senhor Jesus. A mesma Declaração de Cambridge nos diz: Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.” Parece que vejo a tal da Teologia da prosperidade sendo alvo deste artigo, pois para tais pregadores a Glória deve ser dada aos homens e tudo, em todo tempo deve ser voltado para a satisfação pessoal!
Ao fazermos esta breve analise sobre as “5 Solas”, podemos perceber o quanto estamos distante dos princípios que nortearam a fé Evangélica e Bíblica. Que o Senhor abra nossos olhos e possamos retornar ao Evangelho baseado na Palavra de Deus!


Por uma nova Reforma,
Jefferson Rodrigues

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

VIDEO COMPLETO: A ERA VARGAS POR BORIS FAUSTOS





Dica do Professor Jefferson: Devido a proximidade do ENEM e de outros vestibulares decidi postar este documentário sobre um importante período histórico do Brasil: A Era Vargas. Lembrando que este documentário é exibido por um grande historiador brasileiro, Boris Fausto. Não teremos o que reclamar de sua aula! Boa sorte e estude sempre mais!

domingo, 4 de agosto de 2013

POLÊMICA: O CRISTÃO E O LIVRE ARBÍTRIO.


Texto base: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”(João 8:32).
Desde o século XVII temos contemplado diversas polêmicas a respeito desse tema e isso tem levado um grande número de jovens a entrar em conflito, pois se deparam com o seguinte questionamento: Afinal tenho ou não o livre arbítrio? Para responder a essa questão tentaremos de forma simples apresentar a vocês algumas abordagens bíblicas que poderá esclarecer algumas dúvidas a respeito do tema.
  • No Príncipio:
Deus criou o homem um ser perfeito a sua imagem e semelhança (Gênesis 1.27), e já que ele era semelhante ao Criador, Dele também herdou a liberdade, prova disso é o que o Senhor disse a Adão e Eva: “…De toda a arvore do jardim comerás livremente, mas da arvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás…”(Gênesis 2.16,17). Este versículo mostra que o Senhor não criou o homem como uma máquina, pois Ele determinou ao homem o que ele deveria fazer (v.16), mas o homem por sua decisão livre desobedeceu a Deus (Gênesis 3.6) e a partir desse momento passou a ser influenciado pelo pecado e não gozava mais da semelhança do Senhor, pois o Senhor é Santo e não há pecado Nele (Isaias 59.2; I Pedro 1.15), passando assim a não mais gozar de plena liberdade, pois a natureza pecaminosa lhe direcionava os passos a ponto se encontrarem nesta situação: “A terra estava corrompida diante da face de Deus: e encheu-se a terra de violência” (Gênesis 6.11). E assim permaneceu o homem escravo do pecado por um longo período, pois mesmo o homem tendo diante de si a escolha da benção (Deuteronômio 30.19), ele sempre se direcionou para a maldição, a ponto do Senhor não encontrar um justo sequer (Romanos 3.10). Um ponto intrigante a ser discutido é se neste momento o homem tinha ou não a liberdade de escolha, pois é notório que ele sempre fazia o que era desagradável a Deus. Basta a você ter em mente que Deus lhe deixou livre para escolher ou tomar decisão: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”(Js 24.15), note que Deus não lhe retirou o direito de escolher ou seja seu livre arbítrio, porém o pecado influenciava aqueles homens, impedindo que servissem ao Senhor e por mais que tentassem nada poderiam fazer para se livrar desse peso, porque há coisas que são impossíveis aos homens, mas não à Deus (Mateus 19.26), mesmo a Lei não foi capaz de livrar o homem dessa escravidão, por que se assim o fosse Jesus não teria oferecido liberdade a aqueles que já viviam debaixo da Lei (João 8.32,37). Assim entendemos que antes que Jesus cumprisse sua missão aqui na Terra, o homem gozava da liberdade de escolha (Deuteronômio 30.19; Josué 24.15; I Samuel 12.14,15; I Reis 18.21), porém suas obras sempre foram influenciadas pelo pecado e voltados a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor (Juízes 2.11), mas o Senhor nunca os abandonou, mostrando que a sua misericórdia sempre esteve presente pronta para os ajudar(II Crônicas 7.14; Isaias 59.1; Provérbios 28.13).
  • A Graça:
Diante de tamanha escravidão em que se encontrava a nação eleita por Deus para levar seu nome e todos os povos da terra, Deus então decide dar ao homem a oportunidade de ter voltar a ter liberdade, semelhante aquela que gozara no início, mas para isso acontecer tinha que ser pago o preço, e este preço só poderia ser pago por Jesus. Quando contemplamos Mateus 4.16 temos um noção da situação em que estava o povo de Israel: “ o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou” . Jesus então surge como uma luz para esse povo. Observe que eles estavam debaixo da Lei, porém suas obras estavam nas trevas, o que significa dizer que o pecado influenciava suas atitudes. Outro ponto a ser observado está em Lucas 4.19 quando então ele anuncia uma de suas missões “… apregoar liberdade aos cativos”, esse cativos seriam por acaso prisioneiros das cadeias romanas? É evidente que não, pois o próprio Jesus já deixara bem claro que o seu reino não era desse mundo, e em Efésios. 6.12 temos nítido qual era o inimigo a ser enfrentado “portanto não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes das maldades nos lugares celestiais. Portanto concluímos que essa liberdade seria para a humanidade que estava aprisionada espiritualmente, observando o nosso texto base vemos um diálogo de Jesus com homens que se achavam livres por se julgarem descendência de Abraão (Jo. 8.33), porém Jesus os chamas de escravos ao lhes oferecer liberdade e afirma que estes eram escravos por que cometiam pecado. Assim o homem sem Jesus não pode gozar de liberdade, pois por mais religioso que seja, estará sempre cometendo pecado e sujeito a sua influência.
A grosso modo essa situação levaria a um aparente desespero pois alem do homem ser escravo do pecado, não poderia ter salvação, mas é justamente ai que entra a Divina providência, pois Jesus afirma: “… se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”(João 8.31,32), esta verdade seria o próprio Jesus e a sua palavra, pois o homem só poderá ter aquela plena liberdade a partir do momento que a palavra de Jesus lhe é apresentada, prova disso é quando o Mestre diz aos seus discípulos “vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”(João 15.3) mostrando que somente pelo conhecimento da Sua palavra eles foram limpos de seus pecados, daí a necessidade de ser pregado o evangelho a toda criatura para que o homem possa ter a liberdade de escolher entre o certo e o errado, pois sem a Palavra lhe ser apresentada esse homem estará sempre sujeito a ação do pecado impossibilitando a escolha do que agrada a Deus. Um texto que expressa de forma clara esta situação está em Romanos 10.9,14 onde é apresentado a formula da salvação. Em primeiro lugar é apresentado a partícula condicional “SE”, “…se com a tua boca confessares”, “se com a tua boca creres”, mostrando que cabe ao homem tomar a decisão de aceitar o sacrifício de Cristo e posteriormente apresenta a situação desse homem, ou seja, cego e surdo aos apelos do Senhor, onde que somente com a apresentação da palavra de Deus ele poderá crer no evangelho “…como crerão naquele de quem não ouviram?…” e ai sim tornar-se livre para escolher a Cristo e O confessar como Senhor e salvador de sua vida, note que não significa dizer que ele aceitará, prova disto é o que diz a bíblia “Mas nem todos obedecem ao evangelho…”(Rom. 9.16a), pois ele sendo livre, Deus não quer ninguém como escravo, mas sim como servo, ou seja permanecendo com o Senhor por livre vontade.
Podemos então concluir que o homem só é livre quando o Evangelho lhe é apresentado e ele permanece em Jesus (João 8.31) e que o evangelho lhe mostra o caminho dessa liberdade, cabendo ao homem decidir se aceita ou não esta Palavra. Daí surge outra questão, como então pessoas que viveram no Evangelho se desviam? Esta questão daria outro estudo!!! Porém, podemos afirma o que antes falamos, Deus não quer ninguém como escravo, mas sim servo, e se o homem goza da liberdade da Palavra ele poderá deixar a Cristo conscientemente, prova disso é o caso do inimigo de nossas almas, que sendo anjo de Deus rebelou-se contra o Criador, porém o preço a ser pago é muito alto , pois Pedro nos diz: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado”(II Pedro.2.20,21). Este versículo destrói qualquer doutrina de que uma vez salvo, salvo para sempre, pois a salvação é eterna, porém isto é quando formos transformados em corpos incorruptíveis como nos diz a bíblia em I Coríntios 15.53,54 , a partir daí seremos novas criaturas, com corpos renovados, junto com o Senhor e não estando mais sujeitos as ações do mundo, então cabe a você, servo do Senhor, guardar a tua Salvação, pois o Senhor nos disse que “aquele que perseverá até o fim será salvo”(Mt 24.13), não abuse da liberdade que você tem, e saiba que muito mais valor tem aquele que serve por amor, por ser livre , do que aquele que é obrigado a servir.
Sabemos que dúvidas milenares não foram sanadas quanto a predestinação e livre arbítrio, nem era nossa pretensão saná-las, mas deixamos nosso ponto de vista com base na Palavra de Deus. Para aqueles mais exaltados, confira a seguir o vídeo do renomado teólogo calvinista Augustus Nicodemus Lopes apresentando uma boa explicação sobre este embate:



Livremente em Cristo,

Jefferson Rodrigues