sexta-feira, 20 de junho de 2014

“TAMANHO” NÃO É DOCUMENTO!



Por Jefferson Rodrigues


Texto base: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?” (João 6: 66, 67)

Que beleza, o número de evangélicos no Brasil não para de crescer! Segundo o último censo divulgado pelo IBGE somos quase 43 milhões (22, 2%) de pessoas que se auto - declaram evangélicas no Brasil. E estes dados causam muita euforia na maioria dos nossos irmãos, especialmente porque se sentem como aquele torcedor que deseja ver seu time ganhando o campeonato não importa como. O desejo é ver 500 mil “evangélicos” reunidos em alguma “Marcha pra Jesus” espalhada pelo Brasil a fora, especialmente por que se o “time” adversário usa estes recursos para jogar, nós também devemos fazê-lo! Talvez seja como dizia Nicolau Maquiavel: “os fins devem justificar os meios”. Em meio a toda esta euforia não há lugar para reflexão, apenas ufanismo! Contudo, será que o Senhor Jesus esteve ou está preocupado com a multidão que o segue? Para responder a esta questão devemos analisar alguns pontos que a Palavra de Deus nos apresenta, vejamos a seguir.

Durante o ministério terreno de Jesus a multidão o seguia e perseguia. Aonde encontrava-se o Mestre, lá estavam as massas populares. Foi assim enquanto pregava no monte (Mt 5), quando estava em casa na vila de Cafarnaum (Mc 2), ao entrar na cidade de Naim (Lc 7), enfim, são inúmeros os exemplos bíblicos que nos mostram o grande número de pessoas que faziam questão de ouvir e ver Jesus. Contudo, tal multidão não empolgava o Mestre, muito menos fazia com que Ele se sentisse o líder de uma grande força política. Ao contrario da lógica humano, Jesus assim se pronunciava: “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18:36).

Jesus não se importava se as multidões o seguiriam, antes afirmava que o Pai procurava servos fiéis, que não estariam sendo levados por modismo religioso (Jo 4:23,24), ou práticas que APENAS exteriormente apresentassem aspectos de santidade (Mt 23:27). Antes de celebrar a presença de tantas pessoas em sua volta, o Senhor preferia fazer um “pente fino” para saber quem verdadeiramente seria fiel, e dizia: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”(Mt 22: 14). Ou ainda reforçava seu discurso dizendo que: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”(Mt 7:13,14).

Mas neste “vestibular” do Reino, nada foi mais notável do que o discurso proferido pelo Mestre após a famosa multiplicação de pães onde uma multidão foi saciada (Jo 6:1-15). Mais uma vez vemos que quantidade nem sempre é qualidade, pois segundo o Evangelho de João, estas multidões que foram alimentadas (entenda-se necessidades físicas saciadas) ficaram desesperadas por verem que sua aparente “fonte de alimentos” (Jesus) teria partido daquela região (Jo 6:22) e seguido para Cafarnaum (Jo 6:59). Assim, todo este povo não se fez de rogado nem perderam tempo, logo seguiram para onde Jesus estava!  Agora pergunto: qual o real interesse deste povo? O próprio Jesus responde: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes”(Jo 6:26).

 Talvez se fosse em nossos dias e com o nível de liderança que temos em muitas comunidades que se dizem cristãs, nada seria falado ou mudado em relação a este grande número de pessoas, afinal o que importava é que multidões estavam “vindo ao encontro” de Jesus. É bem provável que até fosse divulgado em alguma rede de televisão a quantidade de gente que estava vindo ao encontro de Jesus!  Contudo, quantidade nunca foi propósito de Jesus! O Mestre deseja verdadeiramente que possamos segui-lo, mas não para sermos os maiores em quantidade e sim para que andemos em conformidade com suas Palavras, afinal assim ensinou Jesus: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9:23). Por conta desta lógica inversa a humana, muitos daqueles supostos seguidores, rapidamente deixaram Jesus pelo simples fato dele falar sobre coisas espirituais, pois pelo que o texto nos faz entender, tais pessoas não estavam interessadas em abandonar sua velha maneira de viver, vejamos: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele”(Jo 6:66). Bem, pelos padrões modernos poderíamos afirmar que o ministério do Senhor foi um fracasso. Porém, como afirmado anteriormente NÃO É QUANTIDADE, MAS SIM QUALIDADE! Para piorar o “fracasso” ministerial de Jesus, restaram apenas os Doze apóstolos, então acreditamos (nos padrões de hoje) que Jesus deveria ter muito cuidado para não perder estes, porém veja o que nos diz o Mestre: “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?”(Jo 6:67). Será que nosso Senhor estava preocupado com quantidade?

Amados irmãos, não fazemos parte de um clube de futebol, ou muito menos de um partido político. Somos um povo diferente, escolhido pelo Senhor (1 Pd 2:9) e não podemos nos levar pelo revanchismo que domina o mundo. Nós somos influenciadores deste século, devemos fermentá-lo até que esteja modificado (Mt 13:33). Não devemos usar os mesmos mecanismos que o mundo usa, ainda que seja com o intuito de aumentar o número de “cristãos” (Rm 12:1,2). Devemos sempre lembrar que as maiores deturpações dos ensinos de Cristo ocorreram a partir da institucionalização do cristianismo, ou seja, após os “cristãos” tornarem-se maioria entre os povos medievais. Não devemos almejar ser a religião com maior número de pessoas no Brasil ou no mundo. Antes, porém, devemos desejar, buscar e lutar por cristãos amadurecidos pela palavra (Ef 4:14), que verdadeiramente entendam a mensagem da Cruz e o sacrifício vicário de Cristo. Esta é a principal razão do existir da Igreja! Lembremos sempre das Palavras de Jesus que nos diz: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”(Jo 4:23).



Pequeninamente em Cristo (Jo 3:30),



Jefferson Rodrigues





quinta-feira, 12 de junho de 2014

PARA QUE SERVE O DIA DOS NAMORADOS?



Por Jefferson Rodrigues

A princípio, o título deste artigo parece ser mais uma pergunta filosófica e até um tanto boba. Mas, entendendo que a mesma foi formulada por um HOMEM, torna-se bem compreensível.
Como historiador que sou, compreendo que datas como esta, surgiram para homenagear e/ou marcar no imaginário coletivo os grandes feitos de determinados “heróis”, ainda que tenham sido produzidos pelo estado, a fim de dar continuidade ao próprio estado. Contudo, não pretendo tornar este debate uma discussão historiográfica, antes pretendo falar como um simples HOMEM (entenda-se esquecidíssimo das datas comemorativas).
 Todos nós, HOMENS, somos atormentados por diversas datas, que ELAS, jamais esquecem (para nosso desespero). Elas lembram a data do primeiro beijo, primeiro abraço, do dia em que cortou a cutícula do dedinho do pé esquerdo. Em contrapartida, nós, meros mortais, dotados de um cérebro engessado por um pensamento mecanicista, não conseguimos lembrar a data do nosso próprio aniversário. O que esperar do convívio de duas pessoas tão diferentes? Bem, partindo do pressuposto de que tais pessoas vivem debaixo do mesmo teto, ou cultivam um relacionamento, e sendo tão distintas na forma de compreender dias “especiais”, logo, concluímos que haverá uma contenda constante e assim o convívio será impossível.
Para solucionar este “enorme problema”, e usando de extrema “benevolência” para o bem estar de nossos casais, foram criadas as datas comemorativas, especialmente o dia dos namorados! Se assim não fosse, muito provavelmente, os HOMENS não lembrariam da data em que iniciaram o namoro e muito menos fariam tantas homenagens para suas namoradas. Todavia, antes que as MENINAS joguem pedras em mim, quero explicar que o não lembrar de datas, não significa não amar, não respeitar e muito menos não estar apaixonado... É apenas um “defeito” típico dos  HOMENS!
Porém, como “eu sou bonzinho” e desejo que tanto gregos como troianas fiquem felizes, tenho uma dica pra você nobre “cabeça de vento” que não se lembra de dias tão importantes.  Anote as datas em sua agenda, celular, tablet, na geladeira se for preciso.... Só NÃO ESQUEÇA tais datas!! Caso já faça uso deste método, ótimo! Porém,  se você ainda não faz, passe a usá-lo JÁ! Mas caso você seja do tipo “cabeça dura” (além de cabeça de vento) e não adotar estas técnicas, prepare-se para longos e difíceis  dias ao lado DELA!!
Resolvido este problema e aproveitando que agora você se lembra do dia especial, faça uma bela homenagem, afinal, o que seria de nós sem tê-las ao nosso lado (ainda que seja com TPM). Lembre-se sempre: as mulheres são um presente de Deus para nós, homens! Agora tenham um FELIZ DIA DOS NAMORADOS! E se estiver solteiro (a), continue agindo, esperando e orando pois sua outra metade irá chegar, afinal é promessa do Senhor (Gn 2:18)!

Apaixonado por minha eterna namorada (Bbzinha),

Jefferson Rodrigues