domingo, 30 de janeiro de 2011

Blogueira, esposa de pastor, solta a franga e sai do armário!

Blogueira, esposa de pastor, solta a franga e sai do armário!

Vanessa Meira


Em anos recentes a situação tem ficado quase insuportável.

Não dá mais para ficar escondendo algo que faz parte de mim.

Pode soar politicamente incorreto e suscitar os preconceitos de alguém, mas eu preciso confessar isso publicamente.

Espero que minha família e meus amigos me entendam e me apoiem...

Então assumo:

- Eu NÃO sou gay! Eu sou heterossexual. Sou heterossexual, cristã e casada. Gosto de homem, sempre gostei. Pronto, falei!

Nunca pensei em mulheres. Nunca achei desejável o corpo feminino.

Cresci numa família comum... Minha infância foi brincando de bonecas e casinha... E eu sempre era a esposa, a mãe...

Na adolescência, no despertar da minha sexualidade, eu fantasiava, sonhava com romances incríveis e impossíveis...Com homens! Professores, primos, amigos...
Sempre hetero...

Meu mundo é e sempre foi hetero!

Sei que posso enfrentar críticas e preconceitos numa sociedade completamente patrulhada pelo homossexualismo. Mas decidi sair do armário, e não volto atrás.

Depois que "entraram" no armário Ray Boltz, Tonéx e Jennifer Knapp, declarando sua homossexualidade, corro o risco de parecer uma puritana dentro da própria igreja, mas espero que meus irmãos crentes liberais me entendam e continuem me amando.

Amo a Jesus e pretendo servi-lo assim, com a minha "opção" sexual.

Se você chegou até aqui, no final deste post, te agradeço e peço que me entenda. Saiba que assim como eu, muitos outros heteros estão por aí, pressionados, vivendo um grande dilema, sofrendo o medo do preconceito e do rótulo.

E você meu amigo hetero e reprimido:

- Se joga! Ahaza!

- Temos esse direito!


Fonte: Vanessa Meira em: Resumo da Ópera e no Genizah

sábado, 29 de janeiro de 2011

Esqueceram o primeiro Amor!

A necessidade do primeiro amor


Texto base: “tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”(Ap.2.4)


Falar sobre amor nos dias atuais não parece nada fácil, já que muitos tem encarado esse sentimento como algo banal e fútil e talvez não saibam nem mesmo o que ele significa.

Infelizmente o amor cristão, ou seja, o amor à Jesus, não tem sido tão diferente assim. Neste estudo apresentaremos a necessidade que todo cristão tem de manter acesa a chama do primeiro amor para que assim, ele alcance seu objetivo principal , estar junto do Senhor Jesus no dia da sua maravilhosa vinda.


Amor, emoção ou razão?


Quando observamos um jovem casal que está vivendo um lindo momento de amor, todos costumam se maravilhar de tal demonstração de carinho e dedicação. No entanto, com o passar dos anos muitos casais são acometidos de uma terrível doença, a frieza conjugal. Mas será por que se chegou a tal extremo, já que o sentimento inicial era de paixão, dedicação ardente, e agora vivem no mar de frieza? O motivo, a nosso ver, é muito simples não regaram mais seu relacionamento com carinho, com sentimento e entrega total, antes porém ,vivem apenas pela razão, ou seja, sabendo das obrigações que um tem para com o outro, cumprindo seu "papel" no relacionamento. Cumprir este é, sem dúvidas, necessário para manter um bom relacionamento, porém este casal não desfrutará dos prazeres que vem apenas quando os sentimentos são aflorados.

Fizemos tal ilustração com base no que a bíblia diz a respeito da Igreja de que ela é a noiva e Jesus o noivo que a virá buscá-la (Mt.25.1-13;Ef 5.29;Ap.19.7), sendo assim, partimos deste mesmo príncipio, onde é necessário alimentar o sentimento de amor para que assim nosso relacionamento com o Noivo possa a cada dia se tornar mais prazeroso. É evidente que não podemos deixar nosso relacionamento com cristo se basear apenas em paixão, conforme cita Paulo:

ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.(Rm 12.1)”

Porém quando ele aponta para o que deve ser o nosso culto (sentimento) racional, relaciona-se diretamente a nossas atitudes como cristão, e isso é necessário, pois todo relacionamento requer respeito entre o casal, e assim como a Igreja é noiva do cordeiro é necessário que tenhamos respeito por nosso Noivo, tendo atitudes dignas de respeito, “com os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Mas o que não podemos deixar de buscar é de manter viva a chama do primeiro amor. Como devemos fazer para manter essa chama acesa?


A Igreja em Éfeso.


O nosso texto base baseia-se na carta enviada a Igreja de Éfeso apresentada no livro de Apocalipse, note que ao se ler o texto no capitulo 2 de Apocalipse, vemos o Senhor Jesus fazer diversos elogios àquela Igreja, pois ela era “dedicada aos estudos da palavra, paciente e trabalhadora na obra do Senhor”(Ap.2.2,3), apesar de tantas características benevolentes naquela Igreja, o Senhor foi enfático quanto ao seu maior erro “tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”(Ap.2.4). Jesus cobrava daquela Igreja o amor de quando eles conheceram ao mestre. Eles trabalhavam na obra, eram talvez mais dedicados que muitas Igrejas, porém, não tinha pelo Noivo o mesmo amor, o “relacionamento” se tornou obrigação e isso não era, nem é, o que Jesus deseja de nós. Por conta desse sentimento frio, Jesus advertiu que tiraria o lugar e o castiçal daquela Igreja. Infelizmente em muitas de nossas Igrejas tem-se vivido em verdadeiras Éfesos, onde não mais se cultiva o amor a Jesus, através não apenas de obrigação, mas de sentimento puro e ardoroso ao Noivo.

Quando aceitamos a Cristo tudo é novidade e isso se transforma em desejo ardente de servir, de buscar, de falar com Deus, não fazemos isso por que é nosso dever mais sim porque temos sede de conhecer Jesus[isso lembra o nosso exemplo inicial]. A bíblia nos aponta para uma verdadeira comunhão com Deus e não viver de obrigações, o próprio Jesus nos deu o exemplo ao se dirigir a Deus chamando-o de Pai, e o melhor tratando-o por uma expressão que denota mais intimidade ainda Aba (Mar.14.36; Gal.4.6) mostrando assim que não devemos ser superficiais no nosso relacionamento com Deus, mais devemos buscar a sua presença com intimidade, para que assim não sejamos cúmplice do mesmo erro que a Igreja de Éfeso.

Como num relacionamento conjugal em que é necessário ao casal buscar alimentar o sentimento de amor através da cumplicidade e de gestos que demonstrem o carinho que um tem pelo outro, assim também deve ser o nosso relacionamento com Deus. E isso só conseguiremos com duas atitudes básicas: Oração, Adoração.

A oração é a nosso dialogo com o Mestre, como poderemos manter uma relação saudável com Jesus, se não conversarmos com Ele, dizer a Ele o que estamos passando e sentindo, mostrar que esperamos Nele nosso socorro. Em toda a Bíblia nos é ensinado a orar, clamar, buscar ao Senhor(2Cron.7.14;Mt. 6.5) e o motivo é bem simples, porque orando estabelecemos uma comunicação com Deus e reafirmamos nossa dependência Dele e fortalecemos nosso Amor pelo Pai.

A adoração é outro ponto fundamental, pois não estamos falando em louvor, onde o ponto principal é bendizer o nome do Senhor, mas adoração é algo mais profundo onde esta incluso não somente exaltar o nome do Senhor com nossos lábios, mas exalta-lo com nossa vida, com nossas atitudes, com o nosso coração. Jesus afirmou no dialogo travado com a mulher Samaritana, que: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”(Jo. 4.23), afirmando que chegou a hora de mudar a nossa adoração, não sendo apenas de lábios ou apenas cumprindo nossas obrigações na Igreja, mas expressando sentimento, Amor por Jesus, e isso não conseguiremos apenas com a razão, mas buscando intimidade com Deus, sabendo que é necessário alimentar dia-a-dia nossos sentimentos pelo Senhor para não caírmos no mesmo erro da Igreja em Éfeso, de esquecer o primeiro amor.

Assim irmãos continuem cultivando o Amor a Cristo de forma plena, para que juntos nos encontremos com Ele no dia das bodas do Cordeiro. Que Cristo Jesus lhes abençoe e fortaleça a todos, um fraterno abraço de seu Irmão em Cristo!!!!


Autor: Jefferson Rodrigues

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amados, sejamos como uma criança!


Um menino nos nasceu.

Texto base: Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: "Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.” (Mc 10.14) [versão NVI].

Antes de iniciar a discussão sobre o texto bíblico em destaque quero me reportar a um livro infantil que li recentemente – afinal, nunca é tarde para ler um livro infantil. Este livro é um clássico da literatura mundial, chama-se: “O pequeno príncipe”. Nesta obra encontramos a estória de um aviador Frances que durante sua infância teve seu desejo de torna-se um desenhista impedido pela “gente grande” que o cercava. Tais pessoas não compreendiam sua imaginação e ceifaram seus sonhos direcionando a criança para as coisas de gente grande. Quando este jovem cresceu tornou-se rico, inteligente e importante, porém nunca abandonou seus pensamentos infantis. Durante uma viagem, nosso aviador, sofre uma pane em seu avião e cai no meio do deserto do Saara. É no deserto que ele encontra o Pequeno Príncipe, uma criança que viajava através da galáxia conhecendo novos planetas.

Com o aparecimento do Pequeno Príncipe desenvolve-se a estória que em meio a tantas fábulas para crianças, encontramos mensagens fortes a respeito de como as crianças percebem o mundo ao seu redor e o que é importante para eles, diferentemente do que é prioridade para os adultos. O principezinho não compreende como as pessoas possuem jardins com milhares de rosas, mais não amam nenhuma delas. Ele acha inconcebível como gente grande vive constantemente preocupada, não aproveitando o mundo e todas as suas maravilhas que o Senhor nos concedeu. Por fim, nos mostra como o mundo é muito mais bonito do que nossas preocupações nos permitem enxergar e como as pessoas são únicas, desde que saibamos amá-las.

Toda esta narração serve para ilustrar a importância do olhar de uma criança sobre o mundo. Fica a indagação: por que Jesus ficou indignado com os seus discípulos? Por que Jesus afirmou que o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas? Sem dúvidas Jesus nos deixou uma forte mensagem neste texto e se analisado com detalhe veremos como é importante ser uma criança para compreender o Reino de Deus e suas manifestações em nossa vida.

Muita “gente grande” ao ler as Sagradas Escrituras não compreende ou preferem não perceber que em Isaias 9.6 o Senhor nos concede a promessa do Salvador e que este Salvador viria ao mundo não como um homem feito, ou como um ser celestial repleto de encantos e sobrenaturalidade, mas viria como uma criança. Assim diz o texto: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6) [versão ACF]. Um menino nos nasceu, Jesus viria como uma criança! Uma criança, mas ao mesmo tempo um Deus, pois Ele chega a nós como Deus forte, Pai da Eternidade, mostrando que mesmo em sua meninice já era Deus, não era necessário Ele crescer primeiro para ser Deus, ser membro e Senhor do Reino de Deus. Isto nos aponta para um problema comum no meio cristão: eximir as crianças dos trabalhos na casa do Senhor, ou acreditar que elas não são um alvo importante para evangelizar, deixemos este tema para outra oportunidade.

Mas o que aprendemos com a vinda de Jesus, nosso Rei e Salvador, como uma criança a este mundo? Podemos tirar varias lições, e varias já foram expostas por muitos autores, mas as mais importantes, a meu ver, encontram-se expostas no evangelho de Lucas 2.8-20, onde é narrado o nascimento de nosso Messias:

1- Jesus nasce em um estábulo:

Mesmo sendo Deus, o menino Senhor, tendo todo o poder como já exposto, nasce em um local impróprio até mesmo para o mais simples camponês: um estábulo, local onde animais são criados. Ele poderia ter nascido nos mais belos palácios da época, em “berço de ouro”, sendo de uma família importante de Jerusalém, porém ocorre o oposto deste quadro, nascendo num lugar sujo, sem nenhuma pompa, tem como berço, não ouro, mas uma manjedoura. Ao invés de perfumes da melhor qualidade, era o cheiro nada agradável dos animais que enchia o local. Seria um local pouco convidativo para a maioria da cristandade atual. Contudo, foi neste lugar improvável, desagradável, e nada convidativo que o Rei dos Reis, o Senhor dos senhores escolheu para nascer e trazer salvação a humanidade, dando uma prova incontestável de sua humildade e de sua soberania, pois ele contrariou com este local o desejo de todos os religiosos da época que esperavam um messias diferente daquele que veio ao mundo.

2 – Manifestação do Reino.

Em um local tão simples poderia Deus habitar? Poderia haver manifestação do Reino de Deus? Como diz o apóstolo Paulo: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;”( I Co 1.27) [versão ACF], assim o Senhor sempre trabalhou mostrando que a sua glória ele não divide com ninguém. Mais uma vez o Senhor mostrou que a religião e os dogmas religiosos não são nada diante de Sua suprema e soberana vontade, pois contrariando o pensamento religioso vigente da época, onde o messias seria um libertador imponente, de origem principesca, rico e poderoso. Jesus escolhe um lugar simples para nascer e vem como uma frágil criança. Não obstante a toda esta situação, a Gloria de Deus manifestou-se naquele lugar! Anjos apareceram, louvavam ao Senhor, era um exercito celestial que bem diziam o nascimento do Salvador! Em meio a tanta simplicidade daquela criança o Reino de Deus pode ser visto naquele lugar.

Assim, quando o mestre indigna-se com os seus discípulos por impedirem a vinda das crianças ao seu encontro (Mc 10.13,14), Ele estava querendo dizer o seguinte: “Olha Eu vim como uma criança, nasci em um local simples e mesmo assim a Glória de Deus esteve presente, o Reino de Deus manifestou-se! Agora, meus discípulos, vocês se acham cheio de estatus por estarem comigo? Saibam que nada disso adianta, nem estatus, religião, soberba, riqueza, tudo isso de nada vale para ver a manifestação do Reino de Deus em vossas vidas! Sejam simples como crianças, vejam o mundo sem malícia, amem sem perguntar o porque, não vejam maldade em tudo que lhe dizem, em fim sejam como estas crianças, pois só desta forma poderão ver o Reino de Deus

Aprendemos uma valiosa lição com tudo isso: Precisamos nascer de novo (Jo 3.3). Esperamos sempre ver o Reino de Deus para um futuro distante, mas Jesus nos deixa claro: “o Reino de Deus está entre vocês”(Lc 17.21b), ou seja o Senhor Jesus já inaugurou o Reino desde o seu nascimento, pois ele ensinou aos seus discípulos que “já era chegado o Reino de Deus”(Lc 10.9-11), porém nossas vaidades, preocupações com os problemas de “gente grande”, não nos deixam ver este Reino que esta entre nós. Precisamos nascer de novo, precisamos ser como as crianças, precisamos compreender que Jesus nos apresenta suas maravilhosas virtudes independente de qual lugar estejamos, contudo, Ele nos afirma que se quisermos ver o Reino de Deus que está entre nós devemos ser como crianças!

O reino foi inaugurado, gozamos de suas bênçãos, porém sua plenitude se dará na volta de Cristo. No entanto, O Senhor nos convida a refletir: somos como aquelas crianças ou agimos como os discípulos? Sejamos crianças e contemplemos as maravilhosas manifestações do reino de Deus em nossas vidas!

Autor: Jefferson Rodrigues