Texto: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mateus 4.1)
A Bíblia Sagrada nos apresenta várias localizações geográficas
como montanhas (Salmo 121.1), vales (Salmo 23.1), regiões com neve (2 Samuel
23.20), localizações próximas ao mar (Mateus 4.13). Porém nenhuma representação
geográfica é tão simbólica para os servos do Deus como o deserto. Vejamos
algumas características deste ambiente e como ele está relacionado com a
caminhada cristã.
1.
Deserto é lugar de passagem obrigatória na vida do cristão (Êxodo
12.31-18.27)
Note que a Bíblia apresenta o deserto como um lugar onde o povo de
Deus deveria passar, mas este não é um lugar para que eles habitassem
definitivamente. Deus não deseja que o seu povo habite no deserto, porque o
Criador sabe, que este é um ambiente
inóspito para desenvolvermos a vida. Sendo assim, este não é o lugar onde o
cristão deve viver.
Contudo, devemos notar que foi necessário que o povo de
Deus peregrinasse neste ambiente inóspito durante vários dias até que pudessem
VER a terra prometida através dos espias enviados por Moisés àquela Terra (Números
13-14). Apesar de saberem que a Terra era muito boa e próspera, os israelitas
não confiaram na providencia Divina e por isto tiveram que andar por mais
quarenta anos no deserto (Números 14.33), até que aquela nação compreendesse
que sem o Senhor Deus eles nada poderia fazer (João 15.5).
Após analisar a situação do povo de Deus no deserto, podemos
compreender que foi ali, enquanto passavam pelo deserto que aprenderam a
depender do Senhor inteiramente. Assim, nós também como cristão teremos que
atravessar o deserto, enfrentarmos as tribulações e dificuldades que este
ambiente árido nos apresenta, e por fim aprendermos a depender mais de Deus,
para só então desfrutarmos da “Terra que mana leite e mel”, da nossa morada
celestial (Apocalipse 21.1-7)
2.
Deserto é lugar de provação (Mateus 4.1)
Voltando
ao caso anterior, do povo Israelita, entendemos que é no deserto que somos provados
e aprimorados para melhor servir ao Reino de Deus. E não foi apenas o povo de
Israel que foi provado enquanto estava no deserto, o próprio Jesus teve que
enfrentar as fragilidades inerentes da sua natureza humana. (Mateus 4.1-11)
Deus
permitiu que o inimigo tentasse ao Senhor Jesus em três aspectos da natureza
humana: necessidade física (corpo), vaidade (psicológica/alma) e a adoração
(espírito). Após o Senhor jejuar quarenta dias e já estar com seu corpo humano
fraco, o inimigo percebe a oportunidade para frustrar o propósito do Mestre e
tenta “facilitar” as coisas para Jesus desafiando-o a transformar pedras em
pães (Mateus 4.3). Assim ocorre com o cristão enquanto está “nos desertos da
vida”, o inimigo tentará impedir que você chegue a “Terra Prometida”, mostrando
a você “facilidades” que terá como fim inevitavelmente a morte (Provérbios
16.25).
Não se
dando por satisfeito, o diabo decide testar a vaidade do Mestre, desafiando-o a
pular de uma alta coluna do Templo (Mateus 4.6). Para isto, o inimigo estabelece
o seguinte raciocínio tentador: “sendo Jesus filho de Deus poderia “fazer o que
bem entendesse” apenas para mostrar que Deus estava com Ele”. Agindo desta
forma Jesus desobedeceria a Palavra do Pai (Deuteronômio 6.16). Assim muitas
vezes somos provados em nossa vaidade, pois Jesus era e é o Filho amado de Deus
e poderia sim dar ordens aos seus anjos que eles o livrariam (Mateus 26.53),
mas este não era seu propósito. Não é porque somos filhos de Deus que devemos
desafiá-lo, ou neste caso, desafiar nossos limites. Se sabemos que o fogo
queima, então não devemos brincar com ele! Assim é em nossas limitações, o
inimigo poderá nos desafiar, pois afinal somos filhos de Deus, mas devemos ter
sempre a Palavra de Deus como lâmpada para nossos pés e Luz para nosso caminho
(Salmo 119. 105). Devemos ter consciência de nossas fraquezas humanas e
procurar fugir delas (2 Timóteo 2.22), para que desta maneira não tenhamos que
perecer antes de atravessar o deserto em nossa vida.
Por fim o
diabo tenta ao Senhor Jesus naquilo que devemos dar somente a Deus, em nossa
adoração. Para isto o tentador mexeu com os sentimentos anteriormente falados,
pois ofereceu ao Senhor grande riqueza e poder (Mateus 4.9). Em troca pediu
“apenas” que o Senhor Jesus o adorasse! Que ousadia do inimigo! Mas neste
momento o Senhor Jesus mostrou que nada poderia tirá-lo do propósito de
atravessar aquele deserto e cumprir sua missão aqui na Terra. Mostrou sua
fidelidade ao Pai, repreendeu ao diabo e conquistou a vitória naquela batalha
(Mateus 4.10,11). A nossa adoração é fundamental par o Senhor Deus, ela deverá
acontecer em toda a nossa maneira de viver (João 4.23; Romanos 12.1,2), e é
neste ponto que o diabo tentará impedir que você adore ao Senhor. O diabo
poderá te oferecer riquezas, poder, prazeres tudo em troca da sua adoração,
pois a adoração nasce no coração do homem e quando substituímos o Senhor por
qualquer uma destas coisas (riqueza, poder, prazer e etc.), então já não
adoramos mais em “espírito e em verdade”(João 4.23) e estamos passíveis de
perecer no deserto antes mesmo de “avistarmos a Terra Prometida”
De quase
três milhões de pessoas do povo de Israel que saíram do Egito e que
peregrinaram pelo deserto, somente dois adultos poderam entrar na Terra
Prometida, somente aqueles que foram fiéis e acreditaram na promessa de Deus,
Josué e Calebe (Números 14.29,30). Estes foram homens que não cederam as
investidas no inimigo, mas acreditaram que o Senhor daria a vitória (Números
14.8). Jesus também venceu o deserto sendo fiel a Palavra de Deus, acreditando
que o Senhor estava no controle de sua vida, portanto, Ele também nos garante a
vitória, basta apenas confiar nEle (João 16.33).
3.
Deserto também é lugar de providencia Divina. (Êxodo 16.31)
Apesar de
todos os pontos difíceis de enfrentar do
deserto, é também neste lugar que o
Senhor opera os maiores milagres. Deus não desamparou seu povo enquanto
peregrinavam no deserto. O Pai
providenciou sombra de dia e luz de noite (Êxodo 13.22), Ele não deixou faltar
água (Êxodo17.6), comida(Êxodo 16.31), roupa. Enfim, o Senhor cuidou de cada
detalhe nesta jornada dura do seu povo! Ele continua fazendo assim conosco,
cuida de cada um de nós (Isaias 49.15), nos concede força para vencer a
provação (1 Coríntios 10.13), e tem nos dado o necessário para vivermos e
continuarmos nossa caminha, seja ela no deserto, nas montanhas, nos vales ou
ainda no meio do mar!. Não importa aonde estejamos, o importante é saber que o
Senhor ali esta (Salmo 139) e que Ele nos guiará e nos fará deitar em lugares
calmos (Salmo 23).
Por fim,
após Jesus vencer a tentação do deserto, podemos vislumbrar o que acontecerá
com cada uma daqueles que não desistiram da caminhada, antes enfrentaram o
deserto confiantes no Senhor: “E o diabo o deixou, e eis que
chegaram os anjos e o serviram”(Mateus 4.11). Assim
também nos fará o Senhor, quando então vencermos as tribulações desta vida e
chegarmos na Pátria Celestial, na Terra Prometida pelo Pai, nós então cearemos
com Ele e Ele conosco (Apocalipse 3.22; 19.1-8). ALELUIA!
Fortalecido
em Cristo,
Jefferson
Rodrigues
Então deserto é termo integrante,temporário,na vida do crente,com propósito de provar sua fé, confiança e fidelidade a Deus, enquanto este mesmo é provedor em todas as circunstãncias...Aleluia!
ResponderExcluirIvone obrigado pela contribuição. Que possamos aprender a passar pelo deserto confiando cada vez mais no Senhor!
ExcluirEm Cristo, Jefferson Rodrigues.
É impossível ser cristão sem antes passar pelo deserto.
ResponderExcluirParabéns pelo post 👏👏👏