sábado, 29 de março de 2014

MASTURBAÇÃO: ÁREAS QUE SÃO PREJUDICIAIS PARA O JOVEM CRISTÃO.





 Por Jaime Kemp
 
Pode ser que não haja nada fisicamente prejudicial neste ato, mas certamente ele pode tornar-se um problema psicológico e espiritual. Quero sugerir pelo menos cinco áreas onde a masturbação pode ser prejudicial: Primeiramente, o problema do escapismo, ou seja, a incapacidade de enfrentar qualquer situação difícil na vida.
Como a droga pode se tornar um meio de escape para não ter que enfrentar uma circunstância triste ou difícil na vida, também, por alguns momentos de prazer, o jovem pode entrar no mundo da fantasia erótica. Naturalmente, esta não é a maneira de enfrentar um problema emocional ou espiritual. Portanto, a prática deste ato para levar o jovem a um mundo irreal não é a maneira certa de lidar com situações reais.
Em segundo lugar, o jovem tem de lidar com o problema da culpa. Não é possível viver uma vida cristã vitoriosa sem tratar do sentimento de culpa. Tenho conversado com muitos jovens que lutam para conseguir vitória sobre o ato da masturbação. Entretanto, um dos principais problemas relacionados com este ato é o problema da culpa. Ninguém pode viver com este inimigo sem lidar com ele. Portanto, o jovem tem que chegar a uma conclusão: é pecado? Se é pecado, ele deve confessá-lo, concordar com Deus, reconhecendo que a sua culpa está baseada na quebra do relacionamento entre ele e seu Deus, e procurar o perdão d'Ele. Se não é pecado, então ele deve aceitar este ato como uma coisa natural da sua vida sexual. Mas, se o jovem vive com o peso da culpa sobre os seus ombros, algo não está certo, porque ele nunca poderá desfrutar da vida abundante, da alegria do Senhor e do poder e ousadia para testemunhar.
Em terceiro lugar, do meu ponto de vista, a maior dificuldade pela qual devemos lidar com a masturbação como problema psicológico e espiritual, diz respeito à nossa vida mental. A masturbação pode ser praticada ao mesmo tempo que se obedece a Mateus 5.28 e Êxodo 20.17. Em Mateus 5.28 Jesus está como autoridade sobre a lei, e está reinterpretando a velha lei judaica. O judeu encarava o adultério somente no ato. Agora, porém, Jesus nos dá não somente a letra da lei, mas o espírito da mesma, dizendo que o homem pode pecar tanto no ato quanto na mente quanto no ato Ele nos diz: "Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela." É errado alguém se imaginar numa relação sexual com qualquer pessoa que não a sua esposa ou o seu marido. É importante observar onde se localiza o adultério: no coração, ou seja, no centro do ser humano, nos seus propósitos, motivos, vontade e escolhas. Quando Jesus falou "com intenção impura", obviamente não se referiu a um desejo sexual ou a uma imagem mental involuntária, ou seja, àquelas imagens que repentinamente aparecem na mente sem serem produto de um pensamento proposital ou de uma atividade mental prévia. Este adultério no coração acontece através de imagens mentais voluntárias, ou seja, aquelas imagens que resultam de pensamentos intencionais, decisões e escolhas. Em Êxodo 20.17, um dos 10 mandamentos é:"Não cobiçará a mulher do próximo." Para cobiçar alguém ou alguma coisa, para desenvolver uma imagem "com intenção impura", precisa-se engrenar a mente.Para ter uma experiência de auto-erotismo, a mente desenvolve pensamentos propositais, imagens eróticas e fantasias para com alguém. Considerando o problema da vida mental e a masturbação, o jovem tem de concordar que este ato se torna um problema emocional e espiritual para ele.
Em quarto lugar, este ato se torna um problema emocional e espiritual quando chega a ser um hábito a ponto de exercer controle sobre o indivíduo. Qualquer coisa que se levanta como "a mais importante" torna-se um ídolo na nossa vida. I Coríntios 6.19-20 afirma que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo. Fomos comprados por alto preço. Devemos glorificar a Deus através do nosso corpo: "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificia a Deus no vosso corpo." (I Co 6.19-20)
A última área onde a masturbação pude-se tornar um problema emocional e espiritual é quando ela viola a liberdade cristã. Em Romanos, capítulo 14, o apóstolo Paulo está tratando do assunto de coisas duvidosas para as quais não temos uma palavra específica. Na verdade, a palavra "masturbação" não se encontra na Bíblia. Como podemos saber a vontade de Deus em situações assim? Paulo nos dá a conclusão do seu argumento com as seguintes palavras: "Bem aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas o que tem dúvidas; ê condenado...porque o que faz não provém de fé e tudo que não provém de fé é pecado
As vezes, nossas dúvidas provém duma bagagem que nós recebemos dos nossos pais ou da igreja. Nem sempre a razão das dúvidas tem base bíblica. Em outras palavras, nem tudo que nós recebemos através do ensino dos nossos pais ou da igreja é correto. Portanto, precisamos examinar as Escrituras para que possamos captar o ponto de vista de Deus sobre todas as áreas da nossa vida incluindo o assunto da masturbação. Mas, se depois de te examinado as Escrituras e ter descoberto os princípios relacionados com este ato, chegarmos à conclusão de que a questão diz respeito à liberdade cristã, a pergunta que temos que fazer é a seguinte: "Será que ainda existe alguma dúvida? A minha consciência ainda me condena? Será que provém de fé?" Como eu falei anteriormente, pode ser que a masturbação não seja prejudicial fisicamente, mas emocional e espiritualmente, ela pode ser um problema. Eu mencionei o problema do escapismo, da culpa, da nossa vida mental relacionada com este ato, do hábito e da violação da consciência na área da liberdade cristã. A sua decisão tem que estar baseada numa séria meditação sobre os princípios mencionados.

Fonte: Jaime Kemp, texto extraído do livro “Eu amo você: namoro, noivado e casamento”, pp. 105-108

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