Por Jefferson Rodrigues
Apesar do dom de línguas ser atual e
importante para a vida da igreja, é preciso que seja disciplinado o seu uso
público, afinal, não é saudável que o culto público se torne numa bagunça sem
precedentes. Paulo já tinha esta preocupação, por isso ele afirma: “[...] e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14:39 b,40). Infelizmente
é comum no meio pentecostal a não observação das orientações Paulina, portanto,
com a intenção de ajudar deixaremos algumas orientações sobre o uso de línguas
no culto público:
1.
As
línguas devem ser acompanhadas de interpretação (1 Co 14.27);
2.
Deve-se
manter a ordem no culto público (1 Co 14.27). Ao se falar em língua de forma pública, e
com interprete, deve-se seguir uma ordem, ou seja, fale dois ou três e os demais
estejam calados (1 Co 14.27). O comentarista pentecostal Donald Stamp nos
acrescenta: “deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o
culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em ‘êxtase’ ou ‘fora de
controle’[1]”.
Vemos que é possível o controle por parte daquele que fala em línguas,
portanto, deve-se manter a ordem.
3.
Em
culto público é preferível à profecia quando não há interprete para as línguas (1
Co 14.5). E
acrescento, é preferível a profecia que surge através da exposição das Escrituras,
ou seja, através da exposição da Palavra o Espírito Santo trás iluminação a
mente do pregador que desnuda a alma do ouvinte e edifica a congregação.
4.
Fale
consigo e com Deus (1 Co 14.28 b). Nada impede o uso do dom de línguas (sem interprete) na igreja (1 Co
14.28 b), contudo, deve-se manter o controle e discrição tendo em vista não ser
uma mensagem direcionada para congregação. O professor mestre Zwinglio Rodrigues
corrobora com nosso pensamento ao dizer: “o glossolalista não deve fazer ecoar
sua voz em atividade glossolálica. Mas, ele pode emitir sons baixos que não perturbem
o ambiente cúltico[2]”.
5.
Ore
para que aja interpretes em nossas igrejas (1 Co 14.13). Muitos tem se esquecido da solene
recomendação bíblica: “ore para que possa
interpretar”. Precisamos pedir a Deus para que tenhamos cultos inflamados
pela presença do Espírito Santo, mas que também aja a multiplicidade total dos
dons inclusive e especialmente o de interpretar aquilo que nos é proposto
através das línguas.
6.
Não
se deve proibir o falar em línguas (1 Co 14.39). Não são poucos aqueles que por medo de
perder o controle ou coisa similar tem deixado de buscar com zelo (ardente
desejo) o dom de línguas (1 Co 14.1). E para piorar a situação, ainda há uma
forte militância contraria ao uso deste dom. Todos estes fatores juntos tem
fomentado a redução de cristãos que experimentam esta maravilhosa dadiva do
Céu. Devemos estabelecer a ordem no culto através do ensino, porém, a
determinação Paulina é clara: “não proíbam que falem em línguas!”. Não se pode “jogar fora a criança junto com água suja da bacia”, ou seja, não é porque existe excessos que
devemos extinguir o uso de um dom que nos aproxima mais de Deus. É preciso que
lideres pentecostais reflitam sobre o ensino que tem dado a sua congregação.
Uma igreja instruída saberá manter o fogo do Espírito inflamando seus corações,
sem esquecer de que a doutrina bíblica não pode ser esquecida.
Que a chamado Espírito arda em nossos corações e os dons transbordem em nossas congregação. Só não podemos esquecer a orientação final de Paulo: "Mas faça-se tudo decentemente e com ordem"(1 Co 14.40).
Em Cristo, Jefferson Rodrigues.
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