quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Livre estou! Livre sou! Pela Graça de Jesus Livre Sou!




Texto base: "Não manuseie!", "Não prove!", "Não toque!"?

Caros irmãos e leitores, quando me propus a escrever sobre este tema, liberdade cristã, fiquei pensado como seria recepcionado no meio do qual eu faço parte (pentecostal e tradicional), contudo, não poderia ser covarde e me eximir de apresentar a minha visão – balizada, é claro, por uma leitura sadia da Palavra de Deus - sobre um tema tão polêmico e muitas vezes taxados de LEGALISMO ( termo que em parte eu concordo). Sabemos que Igrejas como a Assembléia de Deus, Congregação Cristã, Deus é Amor entre outras pentecostais, mantiveram e ainda matem uma postura rígida quanto a muitos costumes de seus membros. Porém, a pergunta que faço é: Tais posturas baseiam-se apenas em legalismo? Seria falta do conhecimento da Palavra de Deus? Ou seria apenas a manutenção de um costume social, que criou aspecto espiritual? São muitas indagações que poderíamos fazer, contudo, quero focar este artigo em dois extremos: De um lado aqueles que impõem dogmas tão pesado que não somos capazes de carregar. Do outro aqueles que pregam a liberdade excessiva, que permeia a libertinagem.

· “Pegando pesado”

Falamos aqui dos grupos radicais, que ainda estão muito ativos em varias denominações. Para tais pessoas a santidade será atingida pela guarda de diversos complementos para o sacrifício de Cristo. Para justificarem suas posições apresentam textos bíblicos totalmente fora de seu contexto, como por exemplo: “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.” (Deuteronômio 22:5). Ora, para os que sustentam, por exemplo, que saia é roupa de mulher, e calça de homem, o contexto do texto refere-se a se portar, a querer ser, fazendo uso de vestimentas do sexo oposto, assim como fazem aqueles que optam pela homossexualidade e assumem a conduta do sexo oposto ao seu. O texto não trata de moda, afinal a moda é uma questão social e cultural, nada tem haver com a intenção original do texto. Vejamos estas fotos do início do século Vinte ( 1911-30), onde são apresentadas mulheres que tiveram uma comunhão com Deus, como as missionárias Sara Berg e Frida Vingren, em comparação a outra mulher que não era evangélica:




Tanto as nossas irmãs missionárias, como a distinta senhora (aparentando ser bem mais jovem que as irmãs) usavam saias, pois esse era os costumes para senhoras respeitáveis na sociedade brasileira no inicio do século XX. Em contrapartida o uso de calça, bem como terno e gravata era trajes típicos das vestimentas masculinas, ou das mulheres adeptas dos movimentos revolucionários socialistas e anarquistas, que em sua essência era contrario a qualquer postura cristã, ou qualquer uma tida como moralmente aceitável pela sociedade brasileira. Vemos também atrizes de cinema usarem calças, que a grosso modo, era comparáveis a prostitutas, veja foto:


Portanto, qualquer família “de bem”, nas décadas de 20,30 não veria com bom olhos a decisão de sua filha usar calça, muitos menos com satisfação.

Esta mentalidade enraizou-se nos Arraiais evangélicos e se perpetuaram durante muito tempo como um dogma bíblico, contudo, não passava de uma questão cultural e temporal, portanto passível de ser abolido.

Outro ponto muito abordado seria o de assistir ou não televisão, quanto a este ponto não me prolongarei, pois ficou mais que provado que o mal não está em ver TV e sim no que se vê (Mateus 6.23). Nesta mesma linha seguem a proibição de jóias, maquiagem, prática de esportes e uma infinita lista, que de forma resumida serve para “santificar” os crentes. Mas será que serve mesmo? Responderei com o apostolo Paulo ao afirmar que: “Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.”(Colossenses 2:23). Com isto, não tiro o valor social que alguns hábitos possuem, como por exemplo, para dar identidade a um grupo, porém não há respaldo bíblico na dispensarão da Graça para "Não manuseie!", "Não prove!", "Não toque!"? (Colossenses 2:20). Estaria eu concordando com a liberdade excessiva? Vejamos, então....

· Agora é “oba, oba”!

Em oposição aos extremistas evangélicos tem a turma do “tudo me é permitido”, semelhante aos Coríntios (1corintios 6.12). Com base neste discurso, se entregam aos desejos da carne, através de uma sensualidade desenfreada, dando vazão aos frutos da carne (Gálatas 5:19). Seria uma contradição da Bíblia? Claro que não! Os bons costumes não devem ser impostos, porem eles devem brotar na vida do Cristão. Imaginem vocês, tem Igrejas batizando “irmãos” em toboágua, e o pior as irmãzinhas usando roupas extremante sensuais, CLIQUE AQUI e veja a cena patética. Outros fazem do culto uma verdadeira balada Gospel, veja reportagem da REVISTA ÉPOCA. São condutas que não condizem com o espirito que habita no Cristão.

A Palavra de Deus deve ser o padrão na vida do crente em Jesus, para isso Paulo nos aponta a solução, em uma Igreja que achava que por ser livre podia fazer tudo, vejamos o que diz: "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine.”(1 Coríntios 6.12). Com esta posição moderada Paulo dizia que nada seria proibido para um cristão que verdadeiramente nasceu de novo, porém, caberia a ele mesmo, julgar se tal atitude, se tal roupa, se determinado comportamento na Igreja deve ou não ser utilizado. Sendo que está decisão seria mediada única e exclusivamente pelo Espírito Santo de Deus, que faz morada no crente( 1 Coríntios 6:19).

· E agora o que devo fazer?

Você deve agir em conformidade com a Palavra de Deus que nos ensina que “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.”(Felipenses 4:8). Com esta afirmação entendemos que para o Cristão, não interessa o que nos dizem, mas sim o que a Palavra de Deus fala e ela não deixa espaço nem para legalismo excessivo nem para a liberdade exagerada. A moderação é o ponto chave de toda a questão, e o modelo Fruto do Espírito, que é: “[...] alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” ( Gálatas 5:22,23)

Em Cristo,

Jefferson Rodrigues


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