segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mais propaganda espírita na Superinteressante


Na semana passada, foi a vez da revista Épocadar sua contribuição para a disseminação da ideologia espírita, com a matéria de capa sobre o “tratamento” espiritual que o ator Reynaldo Gianecchini está buscando para seu câncer. Agora é a vez de a revista Superinteressante (outubro) incensar uma vez mais o espiritismo, com a matéria de capa “Ciência espírita” (sic). Conforme demonstro em meu livro Nos Bastidores da Mídia, não é de hoje que a imprensa secular de modo geral e aSuperinteressante, em particular, publicam textos/reportagens/documentários (sem contar os muitos filmes) com conteúdo de apologia à doutrina de Allan Kardec e suas variantes. O espiritismo e a parcialidade escancarada estão em alta na mídia – só não vê quem não quer.

O subtítulo da matéria da
Super não esconde o jogo: “Espíritos existem? E reencarnação? Para alguns cientistas, sim. São pesquisadores sérios, do mundo todo, Brasil incluído, que buscam provas sobre a existência da alma. E eles já conseguiram resultados surpreendentes.”

Curioso: muitos cientistas sérios, do mundo todo, Brasil incluído,
acreditam no criacionismo e muitos mais ainda duvidam da validade do darwinismo(especialmente da dita macroevolução), mas esses nunca mereceram uma capa simpática da Superinteressante. Um título como “Ciência criacionista”, então, só em sonhos! É exatamente isso que eu chamo de parcialidade e mau jornalismo. Pau na “subjetividade criacionista” e benefício da dúvida para as alegações sobrenaturais dos espíritas.

A
Super já abordou o tema algumas vezes, quase sempre na capa e sempre de maneira positiva (coisa que não pode ser dita das pautas sobre assuntos bíblicos). Desta vez, a revista cita pesquisadores fascinados pelo mundo dos espíritos e divulga alguns testemunhos impressionantes. O fato é que a cura existe, mas quem garante que o poder por trás dos “milagres” tem que ver com os supostos espíritos dos mortos? Por que a ciência (ou, pelo menos, a ciência apresentada pela revista), neste caso, aceita tão facilmente a metafísica espírita? E se o poder sobrenatural for de outra natureza? Como aferir/investigar isso?

Note o perigo nas palavras de Eurípedes Miguel, chefe do Departamento de Psicologia da USP: “A medicina está se movendo de um eixo (que tinha como meta combater a doença) para outro (que privilegia a promoção da saúde). Estamos interessados em qualquer método que possa ajudar as pessoas, mesmo que fuja aos nossos padrões.” Com o perdão da comparação um tanto forçada, Saul, no afã de vencer uma batalha contra os filisteus, também não se importou com os métodos e foi consultar uma feiticeira. Se você não conhece o fim dessa história,
pesquise na Bíblia. Em nome da cura, valem quaisquer recursos? Mesmo que isso envolva flertar com o inimigo?

Depois de adular o espiritismo ao longo de dez páginas,
a revista que parece não gostar de fazer perguntas dedica apenas pouco mais de 20 linhas para questionar a tal “ciência espírita”. Mesmo assim, conclui deste jeito: “Com tantas evidências contra, é difícil não acreditar que os pesquisadores de reencarnações [sim, a matéria também trata dessa ‘ciência’], EQMs e afins se movam mais pela fé do que pela curiosidade científica. Mesmo assim, continua sendo uma forma de ciência, já que a busca é por resultados concretos. Se um dia eles vão chegar a esses resultados? Quem viver verá. E quem morrer também.”

Quem morrer verá?
Com essas palavras, a Super confirma sua vocação para o espiritismo e a crença na vida após a morte. Ah, se os criacionistas contassem com, pelo menos, dez por cento dessa boa vontade...

Michelson Borges
http://www.criacionismo.com.br/

Dica de nosso irmão Samuel Maia

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