Por
Jefferson Rodrigues
SOMOS
FISICAMENTE SEMELHANTES A DEUS?
Texto
base: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
[...]”(Genesis 1.26 a).
A
lição de número 2 da revista de EBD/CPAD trata sobre a manifestação de Jesus em
sua glória, neste ponto aparece a problemática interpretativa sobre o livro e
os eventos contidos em Apocalipse. Para alguns trata-se de pura simbologia,
contudo, não podemos acreditar num posicionamento extremo como este, pois assim
como existem simbologias (Apocalispe 1.13), existem ainda mais literalidade de
fatos (Apocalipse 20.11). Neste ponto entra a questão da manifestação em glória
de Jesus e do Pai. Seria o Senhor fisicamente semelhante aos Homens?
Para
responder a tal questionamento é necessário recorrermos ao Livro de Genesis,
onde contemplamos a criação do homem: “E disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; [...]”(Genesis 1.26 a). A partir deste ponto é recorrente a
afirmação de Deus nos criou fisicamente semelhante a Ele e, portanto, devemos
entender a revelação de Cristo glorificado (Apocalipse1. 14) apenas como simbólico.
É claro que Deus não nos criou com suas características físicas, principalmente
porque entendemos que pelas próprias palavras de Jesus “Deus é espírito” (João
4.24). Segundo nota na contida na Bíblia de Estudo MacArtur (2010) sobre
Genesis 1.26, ele nos diz que o termo NOSSA
IMAGEM e SEMELHANÇA
[...] definiu o relacionamento peculiar do
homem com Deus. O homem ser vivente capaz de incorporar os atributos da
comunicação de Deus (cf. 9.6; Rm 8.29; Cl 3.10; Tg 3.9). Na sua vida racional,
o homem era semelhante a Deus no sentido de que era capaz de raciocinar e tinha
intelecto, vontade e sentimento. No sentido moral, ele era semelhante a Deus
porque era bom e sem pecado (MACARTHUR, 2010, p.19)
Ou seja, segundo este renomado teólogo o
texto em foco não se refere a semelhança física entre Deus e os Homens. Afinal
devemos ter em mente que o Senhor é infinitamente mais do que imaginamos,
afinal “[...] grandioso és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti [...]”(2
Samuel 7.22).
Seguindo o mesmo raciocínio encontramos a
afirmação do teólogo pentecostal Elinaldo Renovato, que assim nos esclarece: “Não
devemos confundir imagem natural com imagem física, pois Deus é espírito e não
tem partes físicas, a exemplo do homem” (RENOVATO, 2008, p.255). Para o
referido autor, a semelhança que o homem possui com Deus está em sua
pessoalidade, tais como emoções, inteligência e vontade e não se refere a
limitação física de Deus em relação ao ser humano.
Entendido este ponto, vejamos algumas
manifestações do Criador que denotam seu caráter extraordinário:
1. A Glória de Deus (ou sua presença) encheu o
Templo de Salomão (2 Crônicas 7.1-3) de forma sobrenatural ;
2. Daniel não conseguiu ficar em pé ante a
presença de um ser celestial, que para alguns seria Cristo Glorificado (Daniel
10.5,6), posição aceitável tendo em vista a semelhança com manifestação
descrita em Apocalipse 1.13-15;
3. O próprio Jesus afirmou que Deus não é
fisicamente como homens, mas é espírito (João 4.24)
4. As visões dos profetas Isaias ( 6.1-6) e
Ezequiel (10.1-21) corroboram com os fatos descritos por João em Apocalipse 4,
mostrando o extraordinário mundo celestial.
Em meio a todas estas demonstrações,
entendemos que o nosso Deus é infinitamente mais do que podemos imaginar (1
Coríntios 2.9) e que por seu infinito Amor se fez homem, viveu entre nós e nos
ensinou o significado da palavra Amor. Por fim, vejamos o que nos diz a Palavra
de Deus: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo
Jesus, que, embora sendo
Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia
apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo tornando-se semelhante aos homens.
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até
a morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2.5-8)
Em Cristo,
Jefferson Rodrigues – Professor/Coordenador da EBD na Assembleia de
Deus, no bairro Buenos Aires, Teresina/PI
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