O trabalho e o Cristão
Texto base: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se
alguém não quiser trabalhar, não coma
também.” (2 Tessalonicenses 3.10)
Amados irmãos, devido à solicitação de alguns
professores da Escola Dominical, procuraremos a partir de agora apresentar
alguns temas que sejam pertinentes às lições propostas pela revista de EBD
produzida pela CPAD. Neste subsídio, trataremos sobre o valor do trabalho,
tendo como base o tema da lição de numero 11 (Como alcançar a verdadeira
prosperidade).
Em tempos de teologia da prosperidade, muitos
irmãos têm entrando na onda de dinheiro fácil. Acreditando que Jesus é uma espécie
de “Pirâmide empresarial”, onde com um pequeno investimento financeiro você
terá a promessa de dinheiro fácil por toda sua vida. Infelizmente, assim como
fatalmente ocorre com estas Pirâmides, os cristãos que investem nesta “teologia
de vida fácil” também serão decepcionados, pois perceberão que tudo não passou
de esperteza de algum “empresário gospel” com a finalidade de fazer com que
seus lucros atinjam números extraordinários. O Senhor Jesus não prometeu
riquezas financeiras, antes ele nos promete que o Pai celestial nos dará o necessário
para vivermos (Salmo 37.25; Mateus 6.33), nos promete que o nosso Deus cuidará
de nós! (Isaías 49.15). Deseja prosperar financeiramente? Eis o sábio conselho:
“A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o
próprio trabalho a aumentará.”(Provérbios
13.11)
No outro extremo estão aqueles que por
acreditarem que a Volta de Cristo é iminente decidem não mais trabalhar e com
isto vivem à custa de outros irmãos que trabalham e se dedicam no crescimento
profissional. O caso da Igreja em Tessalônica é bem singular, pois naquela
comunidade a esperança da vinda de Cristo tornou-se viva, até mais do que
podemos imaginar (1 Tessalonicenses 4.13-18; 2 Tessalonicenses 2.1). Naquela
comunidade muitos resolveram viver como se não precisassem se dedicar ao
trabalho e neste sentindo, o Apostolo Paulo foi enfático em corrigir tais
irmãos, afirmando que aqueles que não querem trabalhar para se sustentar que
não comam também (2 Tessalonicenses 3.10). Além disto, o apostolo afirma que o
exemplo foi dado por ele mesmo, ou seja, que Paulo trabalhou dia e noite para
não sobrecarregar os irmãos (v.8).
Muitos com a idéia de que foram chamados para
a obra não se dedicam mais ao trabalho. Contudo, como deixou bem claro o
apostolo Paulo, o trabalho é algo que dignifica o homem e nem mesmo a esperança
da Volta de Cristo é motivo para estarmos ociosos. Foi o próprio Deus que
instituiu o trabalho na vida do ser humano e isto ocorre antes mesmo da queda ainda
no Éden, vejamos: “O Senhor Deus colocou o homem no
jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.” (Genesis 2.15). Com esta afirmação, a Palavra de Deus nos
orienta que mesmo no paraíso edênico o homem não estava isento de trabalhar e
que esta era a vontade do Deus criador. É claro que no Éden não havia fadiga no
trabalhar e que o cansaço, o estresse e todo desgaste físico e mental no
trabalho são frutos do pecado (Genesis 3.17-19), mas o que entendemos com isto
é que assim como no paraíso inicial o homem trabalhava, assim também no Reino
futuro iremos trabalhar, não com dor ou cansaço, mas com alegria para o Reino
de Deus (Apocalipse 21).
Assim entendemos que para alcançarmos a “Verdadeira
prosperidade” e dentro dos preceitos da Palavra de Deus, não encontraremos uma
formula mágica contida nos livros de auto ajuda. Nem será com ofertas
financeiras, que beiram o estelionato, que o Senhor te fará prosperar.
Precisamos entender que para alcançarmos a verdadeira prosperidade devemos realizar
três princípios básicos: Confiar em Deus, Trabalhar e administrar o que o
Senhor nos concedeu. Fazer a vontade de Deus é refletido no ato de confiar nele
(Salmo 37.5). Assim como um Pai que ama seus filhos, assim Ele cuidará de nós
(Mateus 7.11). Se o Senhor cuida de nós, então Ele também nos concedendo saúde e paz de espírito para
enfrentarmos os obstáculos naturais que surgem na vida de todo ser humano (Mateus
5.45), especialmente na luta cotidiana pela sobrevivência em nossos trabalhos. Por
fim, devemos fazer uma administração racional de tudo aquilo que nos concedeu o
Senhor (Efésios 5.15,16), agindo desta forma poderemos então dizer que
alcançamos a verdadeira prosperidade bíblica!
Prosperando em Cristo,
Jefferson Rodrigues
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