Por Renato Vargens
“[...] Mas agora vos escrevi que não vos
associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou
idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda
comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não
julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora.
Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo." ( 1 Coríntios 5:1-13)
O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios
demonstrou surpresa em saber que um homem, membro da igreja de Corinto, estava
tendo relações sexuais com a mulher de seu pai. Ao saber dessa aberração
comportamental, Paulo manifestou sua perplexidade em perceber que os
irmãos não haviam tomado qualquer tipo de providência quanto a este grave ato
de imoralidade. Vale a pena ressaltar que o estado de estupefação do
apóstolo, se deveu também ao fato de que nem mesmo os gentios cometiam este
tipo de pecado. Paulo também demonstrou sua indignação quanto a
passividade da igreja orientando os irmãos de Corinto a disciplinar com firmeza
o transgressor, entregando o seu corpo a Satanás, até porque, para Paulo,
era inconcebível a ideia de um cristão cometer tamanha aberração.
Ao final do texto supracitado, o apóstolo orientou
a Igreja de Corinto a ser duro com aqueles que diziam cristãos, não
desenvolvendo com estes nenhum tipo de relacionamento.
"Mas agora vos escrevi que não vos
associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou
idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda
comais."
Segundo o apóstolo um pouco de fermento leveda toda
a massa. Na verdade, Paulo sabia que uma igreja que relativiza o pecado
caminha a largos passos em direção a apostasia, daí a necessidade de ser firme
em seus posicionamentos.
Matthew Henry costumava dizer que os pecados
hediondos de cristãos professos são rapidamente observados e propalados no
exterior. Segundo ele, nós devemos andar prudentemente, pois muitos olhos estão
sobre nós, e muitas bocas serão abertas contra nós se cairmos em qualquer
prática escandalosa.
À luz destas afirmações fico pensando o que o
apóstolo Paulo faria diante dos escândalos de nosso tempo.
Pois é, Paulo diante do pecado de um homem
reprovou a igreja pelo fato que mesmo mediante significativo escândalo
não choraram em fronte tamanha iniquidade. Na verdade, o apóstolo repreendeu a
igreja por sua soberba. Ora, os corintos em virtude das manifestações variadas
dos dons espirituais transformaram-se numa igreja arrogante e prepotente.
Mesmo diante de fato tão escabroso, nossos irmãos primitivos se achavam
os donos do pedaço, relativizando o pecado e celebrando suas virtudes.
Caro leitor, a igreja de corinto em muito me faz
lembrar a igreja brasileira. Sem sombra de dúvidas, nosso Senhor pela sua
multiforme graça nos tem abençoado. É nítido e notório que em todos os estados
da federação, Deus tem derramado de sua maravilhosa graça, contudo, também é
perceptível que em boa parte da igreja brasileira o pecado tem sido
relativizado simplesmente pelo fato de estarem ensoberbecidos.
Pois é, em nome do amor, fazemos vistas grossas aos
atos descabidos daqueles que se dizem cristãos. Na verdade, não são poucos
aqueles que movidos por uma espiritualidade opaca, afirmam que não podemos
julgar os irmãos, e quando fazemos isso pecamos contra o Senhor.
Prezado amigo, não é isso que as Escrituras nos
ensinam. A Bíblia nos orienta a sermos firmes contra o pecado, como também
contra o pecador inconfesso. Veja por exemplo a atitude de Paulo. No
texto em questão o apóstolo é duro em orientar a igreja de Corinto a não se
relacionar com aqueles que se dizendo irmãos eram devassos,
avarentos, idólatras, maldizentes, beberrões e roubadores.
Com os tais, disse Paulo, nem ainda comais.
Isto, posto, fico a pensar sobre as práticas,
testemunhos, doutrinas e comportamentos de pessoas que se dizem cristãos como
Edir Macedo e Valdemiro Santiago. As acusações contra esses "irmãos"
nos fazem ruborecer de vergonha. Confesso que a cada denúncia, a cada
escândalo, a cada briga publica, meu coração é tomado da mais profunda
angústia.
O que temos visto na televisão, nas redes sociais
e em outros meios de comunicação são provas mais que suficientes
para entendermos que estes que se dizem irmãos não os são. Diante disto,
acredito que cabe a Igreja evangélica brasileira emitir um documento afirmando
publicamente que Edir Macedo, Valdomiro Santiago, e suas igrejas, não são
evangélicos e o que protestantismo brasileiro repudia veementemente os
escândalos proferidos por esses senhores.
Na minha perspectiva Valdomiro e Macedo não são nossos irmãos em Cristo.
É o que penso,
Renato Vargens [ADAPTADO]em renatovargens.blogspot.com
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