segunda-feira, 26 de março de 2012

VALDOMIRO X EDIR MACEDO:O QUE PAULO DIRIA SOBRE ESTA DISPUTA?



Por Renato Vargens

“[...] Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo." ( 1 Coríntios 5:1-13)

O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios demonstrou surpresa em saber que um homem, membro da igreja de Corinto, estava tendo relações sexuais com a mulher de seu pai. Ao saber dessa aberração  comportamental, Paulo manifestou sua perplexidade em perceber que os irmãos não haviam tomado qualquer tipo de providência quanto a este grave ato de imoralidade.  Vale a pena ressaltar que o estado de estupefação do apóstolo, se deveu também ao fato de que nem mesmo os gentios cometiam este tipo de pecado.   Paulo também demonstrou sua indignação quanto a passividade da igreja orientando os irmãos de Corinto a disciplinar com firmeza o transgressor, entregando o seu corpo a Satanás, até porque,  para Paulo, era inconcebível a ideia de um cristão cometer tamanha aberração.

Ao final do texto supracitado, o apóstolo orientou a Igreja de Corinto a ser duro com aqueles que diziam cristãos, não desenvolvendo com estes nenhum tipo de relacionamento.

"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais."  

Segundo o apóstolo um pouco de fermento leveda toda a massa. Na verdade, Paulo sabia  que uma igreja que relativiza o pecado caminha a largos passos em direção a apostasia, daí a necessidade de ser firme em seus posicionamentos. 

Matthew Henry costumava dizer  que os pecados hediondos de cristãos professos são rapidamente observados e propalados no exterior. Segundo ele, nós devemos andar prudentemente, pois muitos olhos estão sobre nós, e muitas bocas serão abertas contra nós se cairmos em qualquer prática escandalosa. 

À luz destas afirmações fico pensando o que o apóstolo Paulo faria  diante dos escândalos de nosso tempo.  

Pois é, Paulo diante do pecado de um homem  reprovou a igreja pelo fato que mesmo mediante significativo escândalo não choraram em fronte tamanha iniquidade. Na verdade, o apóstolo repreendeu a igreja por sua soberba. Ora, os corintos em virtude das manifestações variadas dos dons espirituais transformaram-se numa igreja arrogante e prepotente.  Mesmo diante de fato tão escabroso, nossos irmãos primitivos se achavam os donos do pedaço, relativizando o pecado e  celebrando suas virtudes.

Caro leitor, a igreja de corinto em muito me faz lembrar a igreja brasileira. Sem sombra de dúvidas, nosso Senhor pela sua multiforme graça nos tem abençoado. É nítido e notório que em todos os estados da federação, Deus tem derramado de sua maravilhosa graça, contudo, também é perceptível que em boa parte da igreja brasileira o pecado tem sido relativizado simplesmente pelo fato de estarem ensoberbecidos.

Pois é, em nome do amor, fazemos vistas grossas aos atos descabidos daqueles que se dizem cristãos. Na verdade, não são poucos aqueles que movidos por uma espiritualidade opaca, afirmam que não podemos julgar os irmãos, e quando fazemos isso pecamos contra o Senhor.  

Prezado amigo, não é isso que as Escrituras nos ensinam. A Bíblia nos orienta a sermos firmes contra o pecado, como também contra o pecador inconfesso.  Veja por exemplo a atitude de Paulo. No texto em questão o apóstolo é duro em orientar a igreja de Corinto a não se relacionar com aqueles que se dizendo irmãos eram devassos,  avarentos,  idólatras,  maldizentes, beberrões e roubadores. Com os tais, disse Paulo, nem ainda comais.

Isto, posto, fico a pensar sobre as práticas, testemunhos, doutrinas e comportamentos de pessoas que se dizem cristãos como Edir Macedo e Valdemiro Santiago. As acusações contra esses "irmãos" nos fazem ruborecer de vergonha.  Confesso que a cada denúncia, a cada escândalo, a cada briga publica, meu coração é tomado da mais profunda angústia.

O que temos visto na televisão, nas redes sociais  e em outros meios de comunicação são provas  mais que suficientes para entendermos que estes que se dizem irmãos não os são.  Diante disto, acredito que cabe a Igreja evangélica brasileira emitir um documento afirmando publicamente que Edir Macedo, Valdomiro Santiago, e suas igrejas, não são  evangélicos e o que protestantismo brasileiro repudia veementemente os escândalos proferidos por esses senhores.


Na minha perspectiva Valdomiro e Macedo não são nossos irmãos em Cristo.

É o que penso,

Renato Vargens [ADAPTADO]em renatovargens.blogspot.com


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