Texto base: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2 Tessalonicenses 3.10)
Antes
de abordar o tema especifico de nossa postagem, aviso ao leitor que,
hoje, escreverei de forma sucinta sobre um tema que tem me inquietado
bastante nestes últimos dias, trata-se da incessante busca por status
dentro das igrejas, em especial da denominação que faço parte. Também
não farei uso de rebuscada retórica teológica, mas expressarei uma
inquietação pessoal, que, talvez, não represente a realidade de todas as
instituições chamadas igrejas.
Quando,
utilizei a expressão que deu título a esta postagem, assim o fiz por me
recordar à forma como pedem diversos mendigos que se colocam nas portas
das igrejas católicas no centro de Teresina, e acredito que de outras capitais
brasileiras. É uma tradição que vem desde a Idade Média e se perpetua
até nossos dias. Estas pessoas (mendigos) utilizam-se de um espaço, onde
supõe haver maior misericórdia, para dar continuidade a uma prática que
os colocam em uma “zona de conforto” (conforto?), onde não precisam
trabalhar, nem deixar suas vidas de pedintes para ter que passar dias
inteiro “presos” a um trabalho que na maioria das vezes seria
extremamente cansativo, pois não possuem estudo, razão pela qual teriam
que trabalhar em funções esgotantes, com isso permanecem a vida inteira
em uma vida miserável, sendo humilhados e não vendo que a dignidade é
mais importante que algumas moedas. Mas o que isto tem haver com a
inquietação apresentada no início de nosso texto? É muito simples!
Vejamos:
Em
nossas igrejas existem grupos de pessoas que nunca se especializaram em
suas vidas seculares, passaram anos e anos aventurando uma “esmola”
eclesiástica e por conta disto não se dão conta de como vivem uma vida
miserável! Não falo isto em virtude de almejarem um cargo eclesiástico
(pastor, missionário, dirigente de congregação e etc.), afinal Paulo
afirmou “se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3.1), mas
me refiro por se submeterem a humilhações, a bajulações e até mesmo em
concordar com erros para que desta forma sejam vistos como fiéis ao
líder desta ou daquela denominação. Me causa angustia ver jovens,
sinceros, mas sem aprofundamento bíblico, perpetuarem práticas arcaicas
que em nada trazem crescimento para o Reino de Deus apenas com a
finalidade de agradar alguém que poderá levá-lo a um “cargo” mais
elevado. Meu irmão saiba que não concordar com atitudes erradas não é ir
contra o líder da sua Igreja, antes, apontar tais falhas é zelar pela
manutenção da sã doutrina cristã. Temos o exemplo do apóstolo Paulo, que
não levou em conta sua posição de “novato” no ministério cristão, nem
ficou receoso de não ser reconhecido como um “verdadeiro” apóstolo. O
bravo servo de Deus repreendeu Pedro que era considerado coluna da
Igreja (Gálatas 2.9), vejamos a atitude de Paulo: “Mas,
quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do
evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives
como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem
como judeus?” (Gálatas 2.14).
Saibam
que não precisamos de “esmolas” eclesiásticas, se desejamos fazer a
obra, lembre-se que somos sacerdotes, cada um de nós temos o sacerdócio
de Cristo (1 Pedro 2.9), portanto podemos ser obreiros do Senhor aonde
estivermos. Agora se o motivo é apenas acomodação, como o caso dos
mendigos citados, ai meu amado deixo a você a palavra de nosso irmão
Paulo: “[...] se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2 Tessalonicenses 3.10).
Quantos podem dizer Amém?
Infelizmente é nossa triste realidade! Abutres e afins!
ResponderExcluirMetanóia e reforma já!